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Bloco fala em "indignidade" de que são vítimas emigrantes lesados do BES

O dirigente bloquista Luís Fazenda denunciou hoje, em Paris, "a indignidade" de que têm sido vítimas os emigrantes lesados do Banco Espírito Santo (BES), durante mais um protesto dos emigrantes para reclamar a devolução das suas poupanças.

Bloco fala em "indignidade" de que são vítimas emigrantes lesados do BES
Notícias ao Minuto

12:44 - 25/02/17 por Lusa

Política Luís Fazenda

uma indignidade aquilo que se tem vindo a passar com os emigrantes que foram lesados por produtos financeiros do Grupo Espírito Santo (GES) e, em particular, as ações do BES. Estes emigrantes estão a ser duplamente penalizados. Foram penalizados pela fraude bancária e agora estão a ser penalizados porque não há uma atenção em relação à situação particular deles", disse à Lusa Luís Fazenda.

O dirigente do BE lembrou que "houve um acordo com detentores de papel comercial mas essa situação não é abrangente para os emigrantes", considerando "inaceitável que havendo uma solução - mesmo que criticável - para os detentores do papel comercial, não haja solução alguma para os emigrantes que aqui depositaram as poupanças de uma vida de trabalho".

Luís Fazenda precisou que o seu partido tem acompanhado "a luta" dos emigrantes lesados do BES "há muito" e "mantém a vontade de vir a resolver este problema".

"Nós já fizemos várias perguntas ao governo, já levantámos a questão ao ministro das finanças e ao primeiro-ministro, vamos intensificar essas iniciativas. Nós vamos tentar junto do governo que haja uma solução, vamos pressionar o governo nessa direção, estamos a pressionar há muito tempo", afirmou.

A dirigente do núcleo Europa do Bloco, Cristina Semblano, reiterou à Lusa que "o Bloco de Esquerda é solidário da luta dos emigrantes lesados do BES", uma luta "que já vem desde o verão de 2014 quando eles se deram conta que todas as economias de uma vida de trabalho tinham sido espoliadas".

"A situação continua na mesma, com casos gritantes de emigrantes que não têm nada com que viver, que estão a viver abaixo do limiar da pobreza, que estão com reformas miseráveis, sem poderem ter acesso às economias de toda uma vida de trabalho e sacrifício", indicou Cristina Semblano.

A dirigente bloquista alertou que "se a situação dos emigrantes lesados não é resolvida agora, em que os capitais do fundo de resolução são maioritariamente públicos", quando o Novo Banco for vendido, "o comprador do Novo Banco não vai estar absolutamente nada interessado em indemnizar os emigrantes lesados do BES".

O núcleo Europa do BE reúne-se esta tarde na cidade de Gentilly, junto a Paris, num encontro em que estará presente o líder parlamentar do partido, Pedro Filipe Soares, para análise das propostas do partido para o recenseamento dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro e para debater melhorias à lei eleitoral.

"A questão nuclear é a aprovação de um projeto de lei que o Bloco de Esquerda vai entregar, sobre recenseamento eleitoral, e um conjunto de propostas que têm a ver com a facilitação do voto dos residentes no estrangeiro", indicou Luís Fazenda, adiantando que o projeto deverá ser apresentado à Assembleia da República na próxima terça-feira e que passa por "transformar o recenseamento eleitoral de residentes no estrangeiro em obrigatório".

Na agenda estão também encontros com representantes do Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas e com a Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP).

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