O Diário de Notícias indica este domingo que o Executivo de Passos Coelho quer pôr um ponto final nos regimes de bonificação na contagem de tempo de serviço para a reforma. Até agora, os anos de carreira contributiva dos políticos, isto é, de descontos para o Estado, contavam a dobrar até um máximo de 20 anos. Desta forma, os autarcas a tempo inteiro, os deputados, os representantes da República nas regiões autónomas, o provedor de Justiça, os juízes do Constitucional e ainda os Governadores Civis podiam reformar-se ao fim de poucos anos de descontos. Recorde-se os casos da presidente da Câmara Municipal de Palmela que se reformou aos 48 anos ou até mesmo a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que se aposentou aos 42 anos.
Agora, Passos Coelho quer terminar com estas “desigualdades contributivas” que criam “situações injustas”. Esta decisão faz parte do pacote de medidas apresentado, na sexta-feira, pelo primeiro-ministro e que, hoje, será alvo de comentários por parte do líder do CDS e parceiro de coligação no Governo, Paulo Portas.