Bloco quer salários mais altos para trabalhadores do setor do calçado

O Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje a necessidade de ser publicada legislação que obrigue as entidades patronais a atualizarem os salários dos trabalhadores do calçado, que considera "muito baixos".

Faturação do calçado cresce 7% em 2014, a beneficiar do mercado interno

© Global Imagens

Lusa
15/11/2016 12:40 ‧ 15/11/2016 por Lusa

Política

Medidas

É essa a conclusão da comissão coordenadora distrital de Aveiro do partido, após uma reunião com o Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra.

Os trabalhadores do setor do calçado têm salários muito baixos", assinala o BE em comunicado. "Neste contexto, assume relevância a publicação das portarias de extensão, sem a qual muitos patrões não atualizam os salários dos trabalhadores, praticando apenas o salário mínimo nacional e não cumprindo o contrato coletivo de trabalho que atualizou as tabelas salariais para valores superiores", explica.

O partido reconhece que, "por força do aumento do salário mínimo nacional ocorrido em 2016, se registou uma evolução positiva na remuneração praticada no setor, [já que a medida] obrigou à revisão das tabelas salariais e atualizou as categorias para um salário base acima do salário mínimo". Considera, no entanto, que ainda "falta a dinamização da negociação coletiva".

Para o BE, essa negociação estará a ser "ameaçada pela caducidade das convenções, que resulta de uma alteração legislativa muito negativa e prejudicial aos trabalhadores, e que importa reverter".

O partido reclama, por isso, que "o salário mínimo para 2017 deve ser no mínimo de 557 euros, atingindo o valor de 600 euros em 2019".

Nessa pretensão, e especificamente no que se refere aos operários do calçado, o BE tem em conta "a forte desvalorização salarial que ocorreu no mercado de trabalho nos últimos anos e que a renegociação do contrato coletivo do setor esteve bloqueada durante quase um ano pela entidade patronal (APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos em Pele e Sucedâneos)".

Ainda a propósito desta matéria, o Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social já foi abordado pelos deputados Pedro Filipe Soares e Moisés Ferreira, que o questionaram sobre as medidas estão a ser tomadas pelo Governo para dinamizar a contratação coletiva e a data prevista para "publicação urgente" das portarias de extensão.

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas