As eleições autárquicas só têm data marcada para o outono de 2017 mas já estão no calendário dos agentes políticos.
Para Marcelo, as eleições são o fim de um ciclo. Até lá, “especular sobre instabilidade política não faz o mínimo sentido”.
“Desiludam-se aqueles que pensam que o Presidente vai dar um passo sequer para provocar instabilidade neste ciclo que vai até às autárquicas”, disse, recusando assim um possível afastamento do Governo socialista.
"O Governo existe para durar uma legislatura [quatro anos]. Há claramente um ciclo político marcado pelas autárquicas e portanto estar a especular sobre instabilidade política nesse ciclo não faz o mínimo sentido, disse.
Instado a clarificar o que fará após as eleições autárquicas, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "quer dizer que o que é importante é que o Governo dure e que tenha sucesso". "Não aproveita a ninguém o insucesso do governo", disse.
“Depois das autárquicas, veremos o que se passa”, sublinhou, contudo.
Mas se para Marcelo as autárquicas representam um fim de ciclo (e possivelmente o fim da estabilidade), para Santana Lopes estas podem marcar um novo começo.
Questionado sobre o tema, o provedor da Santa Casa de Lisboa, Pedro Santana Lopes, admitiu ontem uma candidatura à Câmara de Lisboa em 2017 se alguém lhe "vier bater à porta", ainda que diga não ter “nada tratado nesse sentido”.
Também o ex-autarca de Oeiras, Isaltino Morais, pondera um regresso à vida política ativa depois da saída da prisão da Carregueira.