Cavaco tem de "distinguir opiniões pessoais da democracia parlamentar"
Críticas da deputada socialista surgiram no dia em que a Assembleia da República voltou a aprovar os diplomas sobre a adoção de crianças por casais do mesmo sexo e sobre as alterações à lei sobre a interrupção voluntária da gravidez.
© DR
Política Isabel Moreira
Isabel Moreira não deixou passar em branco a discussão ontem mantida na Assembleia da República a propósito da aprovação dos dois diplomas que já haviam sido vetados por Aníbal Cavaco Silva.
Na sua página oficial do Facebook, a deputada socialista esclarece que “quem escreveu que um veto político é inútil se se antevê a certeza da confirmação do diploma foi Cavaco Silva quando fundamentou a promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo”.
Esta reação surge após uma troca de palavras menos simpáticas entre a deputada e o colega da bancada do PSD, Fernando Negrão.
Feita uma introdução ao tema, Isabel Moreira continuou a sua publicação ao declarar ter sido “estranho ouvir Fernando Negrão afirmar que é inadmissível ter-se um veto por inútil”.
“Então quem o disse, em 2010, não foi o próprio Cavaco, Presidente da República a quem o ilustre deputado apelida de ‘cidadão Aníbal Cavaco Silva?”, questiona.
E é precisamente sobre o “cidadão” que Isabel Moreira se debruça, lembrando que “não é” um simples cidadão, mas sim “titular de um órgão de soberania” que tem o dever de “distinguir opiniões pessoais de factos e democracia parlamentar”.
“Sim, o veto foi apenas um adiamento, de resto contraproducente para Cavaco. A confirmação foi ainda mais vincada. Mais votos pela igualdade e pela autonomia das mulheres”, concluiu.
O Presidente da República tem oito dias, a contar do dia em que receber os diplomas aprovados na Assembleia da República, para promulgar as leis que havia vetado anteriormente.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com