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Inexistência de sistema de salvamento da costa é "inconcebível"

O candidato presidencial Paulo de Morais defendeu hoje no Porto que existe um "problema de constitucionalidade" na tutela da Polícia Marítima e considerou "inconcebível" que em Portugal "não exista um sistema de salvamento da costa".

Inexistência de sistema de salvamento da costa é "inconcebível"
Notícias ao Minuto

14:49 - 14/01/16 por Lusa

Política Paulo Morais

Paulo de Morais, que falava aos jornalistas após uma reunião com a Associação Sócio-Profissional da Política Marítima, prometeu, caso seja eleito Presidente da República, fazer cumprir a Constituição da República procurando uma solução para "a incongruência funcional" que resulta do facto da "Polícia Marítima sendo uma força policial estar na tutela de uma força militar armada".

"Há aqui um problema de constitucionalidade. Os profissionais colocaram-me essa questão e assumo o compromisso de que sendo eu Presidente da República farei a verificação da constitucionalidade desta matéria porque no mínimo parece-me muito estranho que uma força policial esteja na tutela de uma força militar. E um Presidente da República que jura fazer cumprir a Constituição não pode permitir estas situações ambíguas", disse Paulo de Morais.

O candidato admitiu que estas questões já tenham sido colocadas a Cavaco Silva, atual chefe de Estado que agora cessa o seu mandato, mas referiu que "não tiveram qualquer desenvolvimento", algo que consigo "não acontecerá".

Antes de partir para uma arruada pelo centro do Porto, o candidato presidencial também mostrou preocupação por em Portugal não existir um sistema de salvamento da costa, algo que considerou "muito grave no plano social e público" uma vez que nomeadamente os pescadores durante a noite ficam "à sua sorte".

"É inconcebível chegar ao Século XXI e em Portugal as pessoas que estão em iates de recreio ou na pesca, na sua atividade profissional, não têm um sistema de salvamento. Os pescadores durante a noite estão completamente abandonados. Isto acontecer no Século XXI com um Estado que gasta tanto e tanto dinheiro nas mais diversíssimas coisas, não faz qualquer sentido", referiu.

Paulo de Morais - candidato cujos slogans de campanha são o combate à corrupção, combate à mentira, defesa dos princípios constitucionais e transparência na vida pública - contactou com população e comerciantes da rua das Flores, onde tem uma sede de campanha, antes de seguir pela estação de S. Bento e rua Sá da Bandeira até ao mercado do Bolhão.

De tarde, a agenda do candidato incluía uma reunião com associações profissionais da PSP, GNR e guardas prisionais com o objetivo, segundo adiantou Paulo de Morais, conhecer em que condições as forças de segurança exercem funções.

"Não é admissível que um polícia receba quando começa a trabalhar uma farda e uma arma e ganhe 700 euros por mês. Isto coloca em causa a própria segurança do país. Não podemos ter profissionais fardados e armados a ganhar tão pouco porque isto retira até dignidade à própria função", defendeu.

As próximas eleições para eleger o Presidente da República realizam-se a 24 de janeiro de 2016.

Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém Roseira, Sampaio da Nóvoa, Edgar Silva, Marisa Matias, Vitorino Silva (conhecido por Tino de Rans), Henrique Neto, Cândido Ferreira, Paulo de Morais e Jorge Sequeira são os candidatos a Belém.

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