"É à coligação que compete formar governo", diz PSD
As palavras são do vice-presidente do PSD.
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Política Matos Correia
José Matos Correia deu uma conferência de imprensa à saída da reunião da Comissão Permanente do PSD, na qual abordou o atual impasse sobre a formação de um governo. Os sociais-democratas afirmam que “é à coligação Portugal à Frente que deve competir a responsabilidade de formar governo” e os resultados conseguidos com votos de emigrantes servem de argumento.
“Desde 1991 que não vencíamos as eleições no círculo da Europa”, recordou o vice-presidente do PSD, acrescentando que o “PS conseguiu ser apenas terceira força política Fora da Europa”.
Sobre o atual momento, em que a perda da maioria obriga a coligação PSD/CDS a conseguir acordo de outras forças políticas, nomeadamente o PS, para conseguir aprovar, Matos Correia diz que as “eleições ganham-se nos votos, não se ganham na secretária”.
“Em nenhuma circunstância um governo foi formado sem que essa responsabilidade tenha sido entregue a quem venceu as eleições”, disse, dando como exemplo a decisão de Mário Soares em 1985. "Perante a queda na Assembleia da República de um governo minoritário do PSD, o então Presidente da República, doutor Mário Soares, recusou a formação de um Governo constituído pelo PS e pelo então PRD com o apoio parlamentar do PCP", apontou o dirigente social-democrata.
Mas José Matos Correia lembrou também outra decisão, de Jorge Sampaio, em 1996, no caso sobre a Assembleia Legislativa dos Açores. “Soluções que não passavam por uma lógica dessas foram recusadas”, salientou ainda.
“Julgamos que num país com uma democracia madura este tipo de práticas que sempre foram seguidas devem ser mantidas”, afirmou, classificando como “regra” governar quem ganha as eleições, mesmo que em minora no Parlamento.
O vice-presidente ‘laranja’ acusa ainda o PS de insistir “em não responder às propostas” e de, na primeira reunião, “para grande surpresa”, o PS não incluiu nenhuma proposta para alcançar esse objetivo de chegar a um acordo.
"O único documento [de negociação] em cima da mesa é o nosso, da coligação", concluiu.
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