Costa colocou tom da voz "ao nível" de Catarina Martins
O cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP pelo Porto, Aguiar-Branco, defendeu hoje que "caiu a máscara" a António Costa, que colocou "o tom da sua voz ao nível da Catarina Martins" e faz Jerónimo de Sousa parecer "um moderado".
© Global Imagens
Política Aguiar-Branco
"O desespero tomou conta das suas intervenções. António Costa colocou o tom da sua voz ao nível da Catarina Martins e, em vez de se assumir como um responsável secretário-geral de um grande partido como é o PS, reduz-se à dimensão do protesto de ser mais um coordenador do Bloco de Esquerda. À beira dele, como dizemos cá no Norte, até Jerónimo de Sousa parece um moderado", afirmou José Pedro Aguiar-Branco.
Num jantar comício em Penafiel, o também ministro da Defesa afirmou que a "aparente simpatia" do secretário-geral do PS, António Costa, deu "lugar a um inaceitável radicalismo" e "a soberba" deu "lugar ao desespero".
"António Costa julgava que ia ser entronizado primeiro-ministro, como nós dizemos cá no Norte, julgava que não tinha de mostrar serviço", afirmou José Pedro Aguiar-Branco.
Num comício em que esteve presente a atleta olímpica Fernanda Ribeiro, Aguiar-Branco opôs a "serenidade e a resiliência" do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, à "agitação e radicalismo" de António Costa e avançou uma explicação para a atitude que imputa ao líder socialista.
"Agora, que o teste de stresse à sua capacidade está a dar negativo, agora que foi revista em baixa a sua hipótese de liderar o Governo, agora que baixou o 'rating' da sua antecipada vitória eleitoral e, sobretudo, agora que ele percebeu que os portugueses pensam mesmo pela sua própria cabeça, António Costa deixou cair a sua máscara, a máscara com que iludiu primeiro os socialistas, a máscara com que pretendia agora iludir os portugueses", afirmou.
Regressando à afirmação de António Costa de que votaria contra um Orçamento do Estado de um governo PSD/CDS-PP, em caso de perder as eleições, Aguiar-Branco argumentou que o secretário-geral do PS mostrou que os seus interesses "estarão sempre à frente dos interesses do país" e desprestigiou o parlamento e o seu futuro grupo parlamentar.
Aguiar-Branco disse inclusivamente manifestar aos candidatos a deputados socialistas "solidariedade", já que, "afinal, como diz o povo, não vão ter qualquer voto na matéria".
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