As sondagens que antecipam as intenções de votos dos eleitores são, muitas vezes, distantes dos resultados reais, o que leva a questionar se estas alteram o sentido de voto.
Tendo em conta os responsáveis pelos centros de sondagens que produzem estudos para a RTP (CESOP-UCP), SIC (Eurosondagem) e TVI (Intercampus) há uma influência dos resultados eleitorais pelas sondagens.
Rui Oliveira e Costa, dono da Eurosondagem, acredita que tudo se deve aos 500 mil eleitores que ditam o resultado num universo de 5,5 milhões de pessoas que se deslocam às urnas. “É uma circulação de votos ao centro”, garante o responsável.
“Há três tipos de comportamento eleitoral: os fiéis, os que não ligam nada e os que votam por conveniência”, explica Jorge Cerol, diretor-executivo da CESOP. Em Portugal, as sondagens à boca das urnas conseguem resultados muito positivos, o que se deve à sinceridade dos portugueses no momento da resposta.
António Salvador, da Intercampus, fala ainda da “abstenção por certeza da vitória”, o que acontece em sondagens que se mostram muito certas dos resultados. Assim, estes podem transmitir falta de necessidade de voto aos eleitores, já que os resultados estão definidos.