"Que pena o primeiro-ministro nunca ter sido autarca"
O secretário-geral do PS lamentou hoje que o atual primeiro-ministro nunca tenha sido autarca, porque assim saberia que não poderia agora repetir promessas não cumpridas, num discurso em que defendeu a política de proximidade face aos cidadãos.

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Política António Costa
António Costa falava no encerramento da Convenção Nacional do PS, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, num discurso em que procurou demonstrar a solidez e o caráter participado em todo o território nacional que teve a elaboração do programa eleitoral dos socialistas - experiência que disse ter resultado do seu exercício de funções autárquicas.
"Que pena o primeiro-ministro nunca ter sido autarca, porque assim sabia que não tinha agora cara para repetir promessas que fez há quatro anos e que não cumpriu. Palavras leva-as o vento. Por isso, não estamos aqui com promessa em segunda mão ou com linhas genéricas de um programa", comentou o líder socialista, recebendo uma salva de palmas.
No seu discurso, o secretário-geral do PS disse que, antes da elaboração do programa eleitoral socialista, ouviu os mais diversos setores políticos nacionais, "todos tendo ouvido e tomando todos em conta na elaboração do programa" agora aprovado.
"Aprendemos isso quando somos autarcas, aprendemos a necessidade de estarmos próximos, de darmos a cara, ouvindo as queixas que nos são apresentadas. É isto que é preciso na política, recuperar a proximidade e sabermos ouvir os cidadãos. Não é fazer tudo aquilo que nos dizem e percebermos os verdadeiros problemas. O nosso dever como políticos é dar a cara", declarou, recebendo palmas.
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