Sampaio da Nóvoa promete ultrapassar diferenças esquerda/direita

O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa afirmou hoje que ultrapassará a tradicional dicotomia esquerda/direita, que nunca se resignará à destruição do Estado social e que se baterá por soluções viáveis para o pagamento das dívidas soberanas.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
29/04/2015 21:50 ‧ 29/04/2015 por Lusa

Política

Programa

Estes foram três dos princípios programáticos presentes no discurso de apresentação da candidatura presidencial do ex-reitor da Universidade de Lisboa, que começou a sua intervenção com uma manifestação de confiança na sua vitória no ato eleitoral de 2016 e com um elogio à ação dos antigos presidentes da República Mário Soares e Jorge Sampaio, que estavam sentados na primeira fila do Teatro da Trindade.

"Neles [Mário Soares e Jorge Sampaio] reconhecemos um legado de liberdade e uma herança que temos a obrigação de honrar e de renovar. Com Mário Soares [nas presidenciais] em 1986, foi difícil mas foi possível, com Jorge Sampaio em 1996 foi difícil mas foi possível. Em 2016 também vai ser difícil mas também vai ser possível", declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas da plateia.

No que respeita às competências inerentes ao cargo de Presidente da República, as primeiras palavras de António Sampaio da Nóvoa foram dirigidas às Forças Armadas, avisando que, se for eleito, não abdicará da sua palavra no que diz respeito a missões no estrangeiro.

No plano externo, o candidato a Belém defendeu a tese de que Portugal não se pode "fechar na Europa", advogando que, em contrapartida, deve cimentar as suas relações com "o mundo de língua portuguesa".

No ponto sobre a União Europeia e as finanças públicas portuguesas, Sampaio da Nóvoa não usou a palavra reestruturação, mas defendeu que o chefe de Estado deve bater-se por "políticas financeiras que abram soluções viáveis para o pagamento das dívidas soberanas".

Depois, o professor universitário introduziu o capítulo social, dizendo que lutará por uma sociedade "aberta, plural e inclusiva".

Neste contexto, o ex-reitor da Universidade de Lisboa foi veemente ao preconizar mais apoios para as políticas de investimento na ciência e na educação.

"Não podemos voltar atrás no caminho do conhecimento, da educação e da cultura", avisou o docente universitário, antes de receber uma prolongada salva de palmas quando se referiu ao Estado social.

"Quero dizer-vos olhos nos olhos que não me resignarei perante a destruição do Estado social, nem perante situações insuportáveis de pobreza, de desemprego e de exclusão, nem perante a precarização do trabalho, nem perante quaisquer outras circunstâncias que ponham em causa a dignidade humana", declarou.

No plano político, Sampaio da Nóvoa fugiu à tradicional dicotomia entre esquerda e direita, contrapondo que a sua candidatura procurará "dar corpo a dinâmicas que estão a surgir na Europa" e que procuram "equilíbrios políticos, que traduzem novas dinâmicas de participação, de movimento e de pessoas na vida política".

Já na parte final, o ex-reitor deixou ainda a garantia de que "irá renunciar a qualquer outro projeto, na vida política ou económica, para além da atividade de docente" e assegurou que fará contenção de despesas na campanha eleitoral das presidenciais.

"A campanha eleitoral será realizada com grande contenção de custos e transparência de contas, recorrendo às redes que cada um queira dinamizar nas suas terras, no seu trabalho, nas diferentes áreas temáticas", disse.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas