O acordo de coligação anunciado no sábado, entre PSD e CDS-PP, deverá ser fechado hoje nas comissões políticas e nos conselhos nacionais. Este será o último passo no que toca ao acordo mas esta é uma coligação com prudência em relação a posições e, principalmente, candidatos presidenciais.
De acordo com o Diário de Notícias, a entrada dos centristas poderá 'descartar' o nome de Santana Lopes e fortalecer as posições de Rui Rio e de Marcelo Rebelo de Sousa. Logo que Santana se assumiu como possível candidato, alguns dirigentes do CDS-PP defenderam, internamente, que não seria a melhor escolha para o país.
Contudo, e tendo em conta a quantidade de nomes que se mantém na possível corrida à presidência, a coligação não quer excluir candidatos a candidato para não correr riscos. Um vice-presidente dos centristas explica que não poderão ser discutidos nomes no Conselho Nacional porque caso se escolha um nome e a pessoa desista, PSD e CDS fazem “má figura”, dando o exemplo de Guterres no PS.
É certo que Santana Lopes está longe de ser o preferido dos centristas e, para além da indecisão, o ex-líder do PSD aguarda os resultados da auditoria à Santa Casa da Misericórdia, onde é provedor.
Um dirigente nacional do CDS-PP confirma que existindo uma “hierarquização”, começa “no Marcelo e no Rio e só depois o Santana Lopes”. Contudo recusa-se a descartar o ex-líder social-democrata, já que a coligação só lançará um nome depois das legislativas.