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"A queda dos partidos contra a austeridade está para breve"

Medina Carreira defendeu, esta noite, na TVI 24, que não existem partidos austeros. "Eles gostam de dar dinheiro" mas o problema é que não o têm, disse.

"A queda dos partidos contra a austeridade está para breve"
Notícias ao Minuto

22:35 - 23/03/15 por Andrea Pinto

Política Medina Carreira

Medina Carreira acusou a política atual de se caracterizar por um "fechamento partidário", em que são os partidos que "põem lá quem querem, cá fora quem não querem e os que lá estão têm que se aguentar". Por isso, acredita que estamos perante uma "democracia reduzida".

Para o antigo ministro das Finanças existem duas fase distintas após o 25 de Abril na qual os portugueses não têm "refletido muito", e que estão relacionados com a autonomia do governo para tomar mais medidas.

"Antigamente, até à nossa entrada para a CEE e para a Zona Euro, o Estado tinha muitos poderes. Havia possibilidade de manejar a situação económica. Isso desapareceu. Se este governo tivesse essa caixa de ferramenta fazia mais dinheiro", referiu, considerando também que nesse tempo os políticos eram "gente apanhada com profissão, independente e nada subordinada a estes ditames partidários".

Referindo-se aos partidos atuais, referiu, também, que existem dois tipos: os a favor da austeridade e os que estão contra. "Os que são contra querem acabar com ela. Porquê? Porque querem vir a beneficiar do Estado Social, só que esquecem-se que não há dinheiro. E a queda desses partidos está para breve", disse. "Os partidos do poder sabem que não têm dinheiro e estão a tentar equilibrar", acrescentou.

Para Medina Carreira o facto é que não há dinheiro e por mais que os partidos querem mudar a situação do país, não o conseguem. E só quando lá chegam é que o entendem.

"O PS, PSD e CDS estão lá para tomar conta do governo. Para isso é preciso vender Estado Social, é preciso prometer. O PS vai criar uma bolsa para crianças, por exemplo. Mas depois quando chegam ao poder acontece estras coisas: o PIB cresce 20 e a despesa cresce 20. Isto é um absurdo", afirmou, considerando que "a situação não se vai resolver tão cedo".

"Quando há austeridade é porque o dinheiro desapareceu. Não há nenhum governo que seja austero porque eles querem é dar dinheiro e se não o dão é porque têm responsabilidade e não o têm", rematou.

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