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Mariana Mortágua entrevistou Greta Thunberg: "Desistir não é opção"

Mariana Mortágua esteve à conversa com a ativista sueca Greta Thunberg, que participa pela terceira vez numa missão com destino a Gaza. A deputada única do Bloco de Esquerda afirmou mais pessoas dirigir-se-ão ao enclave enquanto não for aberto um corredor de ajuda humanitária para os palestinianos.

Mariana Mortágua entrevistou Greta Thunberg: "Desistir não é opção"

© REUTERS/Eva Manez

Notícias ao Minuto
03/09/2025 17:06 ‧ há 9 horas por Notícias ao Minuto

Política

Flotilha

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) e deputada única do partido no Parlamento, Mariana Mortágua, encontra-se num dos barcos da Flotilha Humanitária com destino a Gaza. Esta quarta-feira, partilhou na rede social TikTok uma conversa com a ativista sueca Greta Thunberg.

 

Mariana Mortágua começou por questionar Greta acerca de esta ser a terceira vez que a jovem ativista participa numa missão para tentar chegar a Gaza e do porquê de continuar a tentar. 

"Nós prometemos ao palestinianos que vamos continuar a tentar fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para pressionar por uma Palestina livre e é isso que estamos a tentar porque desistir simplesmente não é uma opção", começou por dizer a ativista sueca.

Greta Thunberg referiu que quando se está "perante opressão, genocídios, crimes de guerra a acontecer todos os dias" há o "dever" de "fazer alguma coisa".

@marianarmortagua

Greta Thunberg, ativista sueca, fala à delegação portuguesa que integra a Global Sumud Flotilla e explica por que participa pela terceira vez numa missão para romper o cerco a Gaza. Recorda os valores que sempre orientaram o seu ativismo e reflete sobre como justiça e dignidade — das pessoas e do ambiente — caminham lado a lado.

som original - Mariana Mortágua

"Vamos continuar a voltar até que tenhamos alcançado o que queremos alcançar e o que estamos a fazer agora é agir de acordo com os apelos palestinianos para acabar com a nossa cumplicidade e agir em solidariedade com eles e fazer uso de todas as ferramentas que temos em mãos como, por exemplo, estes barcos. Podemos usar os nossos próprios corpos para tentar ir lá", continuou. 

A jovem salientou que fazer esta viagem é "um ato de perseverança".

Mariana Mortágua questionou ainda Greta sobre o motivo pelo qual ela se encontra ali, notando que a sueca é conhecida em outras aéreas do ativismo, como por exemplo o ativismo climático.

"Não mudei o foco do meu ativismo", respondeu, acrescentando que está "a agir de acordo com os mesmo valores" e de "com os princípios de justiça, liberdade e bem-estar dos humanos, do Planeta e dos nossos ecossistemas". 

"Para mim, estão extremamente interligados. Não podemos ter justiça quando se trata de clima ou ambiente se as pessoas estão a ser bombardeadas e há fome em massa. Não podemos preocupar-nos com árvores e ecossistemas se países inteiros estão a ser erradicados e povos inteiros estão a ser mortas à fome", afirmou. 

E acrescentou: "O que está a acontecer em Gaza é o centro da nossa moral. A nossa consciência está agora em Gaza e o que está a acontecer contra os palestinianos é claro uma extensão e também um ataque à humanidade em geral e em qualquer sistema internacional que é suposto apoiar a lei internacional e proteger as pessoas em que de todas as formas não está a fazê-lo". 

No final do vídeo, Mariana Mortágua salientou que Greta Thunberg "explicou muito bem" o motivo pelo qual se encontram na Flotilha Humanitária: "Estamos aqui a dizer ao governo de Israel que mais gente virá depois de nós, vão continuar a vir até que o corredor [de ajuda humanitária] esteja aberto. Isso é um questão importante no mundo inteiro, para muita gente".

De notar que Mariana Mortágua está a bordo de um dos vários barcos que segue com destino a Gaza com ajuda humanitária. Nesses barcos estão centenas de pessoas, entre elas ativistas e figuras públicas oriundas de 44 países. A frota humanitária com destino a Gaza tem como nome 'Global Sumud Flotilla'.

Barco zarpou no domingo... mas teve de regressar a Barcelona

A 'Global Sumud Flotilla', composta por várias embarcações, carregadas com ajuda humanitária, alimentos e medicamentos, zarpou por volta das 16h00 (horas locais) de Barcelona no domingo, mas teve de regressar a Espanha apenas algumas horas depois devido ao mau tempo.

Entretanto, voltou a partir na segunda-feira com destino a Gaza.

Flotilha humanitária teve de regressar a Barcelona devido ao mau tempo

Flotilha humanitária teve de regressar a Barcelona devido ao mau tempo

Embarcações tinham saído na tarde de domingo, de Barcelona rumo a Gaza, mas tiveram de regressar a Espanha poucas horas depois, devido ao mau tempo. Nova partida está a ser decidida na manhã desta segunda-feira.

Natacha Nunes Costa | 09:57 - 01/09/2025

"Participação na 'Global Sumud Flotilha' não tem qualquer vínculo ao Estado Português"

O Governo defendeu que não tem qualquer obrigação ao abrigo do direito internacional de acompanhar e proteger a flotilha em direção a Gaza com a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício. Por sua vez, Espanha assegura proteção diplomática à flotilha.

"A participação na 'Global Sumud Flotilha' consubstancia uma iniciativa autónoma da sociedade civil, que não tem qualquer vínculo ou vinculação ao Estado português", disse o órgão tutelado por Paulo Rangel, numa resposta ao jornal Observador sobre a missão.

O ministério recordou ainda que, "à luz do direito internacional, não existe uma responsabilidade jurídica por parte do Estado português de proteção do navio ou dos seus tripulantes".

Parte flotilha para Gaza. Rangel recusa proteção (que Espanha garante)

Parte flotilha para Gaza. Rangel recusa proteção (que Espanha garante)

O Governo defende que não tem qualquer obrigação ao abrigo do direito internacional de acompanhar e proteger a flotilha em direção a Gaza com a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício. Por sua vez, Espanha assegura proteção diplomática à flotilha.

Notícias ao Minuto com Lusa | 08:09 - 31/08/2025

Leia Também: Na flotilha, Mortágua questiona: "Há drones a circular. Porque vigiam?"

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