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Flotilha Humanitária: Governo acusa BE de populismo, Mortágua faz pressão

Líder do Bloco de Esquerda anunciou que vai rumar a Gaza. Mortágua não se escapou a críticas e já veio defender-se, lembrando a importância da ajuda humanitária.

Flotilha Humanitária: Governo acusa BE de populismo, Mortágua faz pressão

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Andrea Pinto com Lusa
28/08/2025 09:42 ‧ há 6 horas por Andrea Pinto com Lusa

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício vão integrar a Flotilha Humanitária que partirá esta semana para Gaza, visando entregar ajuda à população e romper o cerco israelita.

 

A viagem foi anunciada na terça-feira, altura em que se revelou que teria início esta semana e que deveria demorar duas a chegar ao destino.

"Entendemos que esta é uma missão legal e ao abrigo do direito internacional, e entendemos que o Governo português (...) tem a obrigação moral, mas também legal, de usar todos os esforços e todos os instrumentos para garantir que estes barcos chegam em segurança e conseguem entregar ajuda humanitária em Gaza", defende a líder do Bloco de Esquerda. Porém, as críticas não se fizeram esperar.

A missão

Aquando do anúncio da missão, feita em comunicado, o grupo falava na " crise humanitária em curso na Faixa de Gaza", assumindo "o compromisso de tentar fazer chegar mais auxílio à região"

"Mas transportam também uma mensagem: o genocídio deve acabar, o cerco marítimo a Gaza deve terminar e deve ser aberto um corredor marítimo para ajuda humanitária", lia-se.

Reconhecendo eventuais entraves durante o percurso, a organização defendeu que os navios que participam na missão têm o direito à liberdade de navegação e à passagem humanitária, e anunciaram que deram conhecimento "desta missão ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português".

Porém, o partido de esquerda acabou por ser acusado de populismo por parte do Governo, devido ao timing da iniciativa.

Viagem é um ato de "populismo"?

A iniciativa foi acusada de se tratar de um ato de "populismo" por parte do Governo, que lembrou que nem o PS nem o Bloco de Esquerda nada "fizeram  quando lideravam o Governo ou o influenciavam".

"[As] pessoas que se afirmam os grandes defensores, tiveram oito anos para fazer o reconhecimento da Palestina e não fizeram" afirmou o número dois do Governo, Paulo Rangel, na Universidade de Verão do PSD, uma iniciativa de formação de jovens quadros, num painel intitulado 'Um Mundo com mais radicalismos?'.

"O Bloco de Esquerda que vai nesta causa humanitária - louvável, com certeza -, estas pessoas tiveram influência seis anos sobre o governo socialista. Influência determinante. E elas fizeram alguma coisa? O que é que elas fizeram? É que é fácil falar quando está fora. Mas, quando se está no governo, essas pessoas não o fazem", criticou.

Ajuda a Gaza também foi criticado no Parlamento

A viagem numa flotilha humanitária até Gaza foi, entretanto, também, tema de conversa no Parlamento, esta quarta-feira, no âmbito da Comissão Permanente da Assembleia da República sobre a situação dos incêndios.

Depois de ter sido criticado por um vídeo onde simulava combater um incêndio, André Ventura salientou que prefere ir para junto dos bombeiros do que para a Faixa de Gaza, numa crítica à coordenadora do BE.

Esta crítica gerou uma discussão entre Mariana Mortágua e André Ventura, com a coordenadora do BE a defender que optou por tomar partido a favor de um território onde estão ser cometidos "crimes de guerra" e estão a ser exterminadas "milhares de pessoas" e a mostrar uma foto do líder do Chega ao lado de um ministro do Governo de Netanyahu.

"Ambos tomámos partido. Eu estarei do lado da história de quem combateu o genocídio e quis levar ajuda humanitária a Gaza. O senhor deputado estará do lado da história de quem fingiu não ver milhares de crianças a morrer e ainda quis usar isso como jogo político", acusou.

Mortágua colcoa pressão sobre o Governo

Entretanto Mariana Mortágua reagiu também às afirmações de Paulo Rangel, defendendo que o ministro "tem a obrigação" de reconhecer a Palestina "o mais rapidamente possível", e defendendo que o objetivo desta delegação é também "contribuir para que o Governo dê esse passo".

"Entendemos que esta é uma missão legal e ao abrigo do direito internacional, e entendemos que o Governo português (...) tem a obrigação moral, mas também legal, de usar todos os esforços e todos os instrumentos para garantir que estes barcos chegam em segurança e conseguem entregar ajuda humanitária em Gaza", disse Mortágua.

Leia Também: Mortágua e Sofia Aparício em Flotilha Humanitária que parte para Gaza

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