AR: PS vai viabilizar eleição de outros candidatos e espera reciprocidade

O PS vai viabilizar a eleição dos candidatos dos outros partidos à mesa da Assembleia da República, em especial de Aguiar-Branco como presidente, e espera reciprocidade do PSD, com quem manteve contactos.

Carlos César

© Flickr/ PS/ José António Rodrigues

Lusa
03/06/2025 15:13 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Assembleia da República

A decisão foi anunciada pelo presidente e secretário-geral interino dos socialistas, Carlos César, na Assembleia da República após uma reunião do grupo parlamentar que aprovou a sua proposta para a viabilização dos candidatos dos outros partidos.

 

"Foi também aprovada a proposta que fiz no sentido de o Partido Socialista assumir, como uma decorrência natural dos resultados eleitorais e como formalidade parlamentar que deve ser cumprida, a de aprovarmos os candidatos que são presentes pelos partidos para integrar a mesa da Assembleia, em especial o presidente da Assembleia da República", anunciou.

Na reunião do Grupo Parlamentar do PS, que decorreu esta manhã, foram aprovadas as primeiras decisões do partido para o arranque da legislatura.

O presidente do PS referiu que houve contactos com o PSD e defendeu que deve "naturalmente existir" reciprocidade nos votos para a eleição dos candidatos à mesa do parlamento.

Na mesma reunião da bancada - que após a derrota eleitoral de 18 de maio ficou reduzida a 58 deputados e passou a ser a terceira força política, foi ratificada a proposta para que, em nome do PS, integre a mesa da Assembleia da República Marcos Perestrello como vice-presidente e também as deputadas Joana Lima e Susana Correia para os restantes lugares que cabem ao PS.

Sobre as questões da viabilização ou não do futuro Governo, Carlos César aproveitou para reiterar a posição que já tinha defendido à saída das audiências com o Presidente da República, na semana passada.

"O que é normal e que o decorre dos resultados eleitorais que tivemos é de a AD constituir Governo, tomar posse e o seu programa de Governo não ser inviabilizado pelo que a posição do Partido Socialista será a de rejeitar qualquer rejeição que seja a esse propósito proposta no parlamento e de retomarmos como normalidade a entrada em funções do próximo Governo", disse.

Sobre se esta posição foi consensual dentro da bancada, o presidente do PS respondeu que há "uma larguíssima maioria no Partido Socialista" favorável à sua proposta.

"Já tive oportunidade de fazer esse debate ao nível do atual Secretariado Nacional do partido, no sentido de entender que não faz sentido rejeitar o programa de Governo e, portanto, não devem existir quaisquer equívocos na nossa votação nessa matéria", apontou.

Questionado sobre a notícia de hoje do Observador de que o presidente da câmara de Vizela, Victor Hugo Salgado, foi alvo de um segundo inquérito por suspeitas de violência doméstica e que desta vez está em causa o filho menor, o presidente do PS referiu que já tinha feito "uma declaração sobre essa matéria" e que essa "está em vigor".

Questionado se este caso pode levar a algum processo de expulsão do partido, Carlos César disse que "é uma matéria que será equacionada pela nova direção do PS".

"Aquilo que eu tive oportunidade em devido tempo de dizer é que, da minha parte, mantinha o sentido prático e imperativo da decisão que já tínhamos tomado, a de que não confiamos nessa pessoa para ser novo candidato a qualquer lugar", insistiu.

Em 26 de maio, o presidente do PS instruiu a coordenação autárquica do partido para manter a retirada de apoio ao atual autarca da Câmara Municipal de Vizela, apesar do arquivamento da queixa por violência doméstica que motivou o seu afastamento.

A mesma fonte explica que a questão será reavaliada depois de 12 de junho - data limite para apresentação de candidaturas à liderança do PS - em conjunto com os candidatos à sucessão de Pedro Nuno Santos como secretário-geral.

A 21 de abril, o então líder do PS, Pedro Nuno Santos, pediu a Victor Hugo Salgado - à época presidente da federação do PS/Braga - para renunciar ao cargo e informou-o de que não apoiaria a sua recandidatura à Câmara de Vizela, após notícias de alegadas agressões à mulher.

Leia Também: PS irá aprovar nomes indicados para mesa da AR e espera reciprocidade

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