Chega viabiliza candidato que PSD indicar para presidente da Assembleia

O Chega vai viabilizar na terça-feira o nome indicado pelo PSD para a presidência da Assembleia da República, anunciou hoje o presidente do partido.

André Ventura

© Getty Images

Lusa
02/06/2025 18:01 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Chega

Em declarações aos jornalistas no parlamento, André Ventura disse ter falado com o atual presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a quem transmitiu que, "após as conversações que existiram entre as bancadas para o início em funções do novo parlamento, o Chega daria suporte e daria anuência à indicação do partido mais votado, neste caso a AD, para os órgãos de gestão da Assembleia da República".

 

O PSD ainda não anunciou, formalmente, a proposta de recondução de José Pedro Aguiar-Branco como presidente do parlamento, mas este já se manifestou disponível para voltar a ocupar o cargo.

A eleição decorrerá na terça-feira à tarde, naquela que será a primeira reunião plenária da XVII Legislatura.

"O Chega decidiu não avançar com uma candidatura a presidente da Assembleia da República por entender que, não obstante ser o segundo partido mais votado, houve um partido com mais votação, neste caso uma coligação, e que deve caber a essa coligação a apresentação do candidato a presidente da Assembleia da República", disse André Ventura aos jornalistas.

Aguiar-Branco novamente candidato a presidente da Assembleia da República

Aguiar-Branco novamente candidato a presidente da Assembleia da República

Eleição acontece esta terça-feira.

Notícias ao Minuto | 12:11 - 02/06/2025

Sobre os candidatos do Chega para a Mesa da Assembleia da República, Ventura afirmou que o partido vai indicar os mesmos deputados. Na legislatura que agora termina, Diogo Pacheco Amorim foi um dos vice-presidente da Assembleia da República, Gabriel Mithá Ribeiro foi secretário da Mesa e Filipe Melo exerceu a função de vice-secretário.

André Ventura disse também que o Chega transmitiu ao PSD que "não vai exigir nenhuma rotatividade no mandato de presidente da Assembleia da República, tal como aconteceu entre o PS e o PSD no mandato passado"

Na legislatura que hoje termina, o acordo de rotatividade entre PSD e PS sobre o presidente do parlamento resultou do facto de ambos terem o mesmo número de deputados, o que não acontece desta vez entre os sociais-democratas e o Chega. Ainda assim, a interrupção da legislatura impediu que o acordo se concretizasse na plenitude com o PS a presidir aos trabalhos da Assembleia da República.

Mesmo assim, o líder do Chega considerou que "não faz sentido" que um presidente da Assembleia da República "assuma a meio termo uma função" e não durante toda a legislatura, independentemente de quanto tempo venha a durar.

"O que foi feito na legislatura passada entre o PS e o PSD corresponde àquilo que de pior tem a política em termos de distribuição de lugares", criticou.

Ventura afirmou também que "a prioridade do Chega não é negociar lugares, nem garantir presidências".

O presidente do Chega alertou, no entanto, que "não significa um cheque em branco"

"O não querermos lugares e o não estarmos a exigir lugares não significa que não vamos fiscalizar o presidente da Assembleia da República, que ele não tenha que agir de acordo com a nova representatividade", afirmou, indicando ter tido, por parte de Aguiar-Branco, "garantias" de que "respeitaria integralmente este novo quadro político e este novo quadro de representatividade".

[Notícia atualizada às 18h20]

Leia Também: Aguiar-Branco preside à 1.ª sessão da nova legislatura no Parlamento

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas