A deputada do PS Isabel Moreira admitiu que os resultados das eleições legislativas de domingo "foram terríveis" e mostrou-se preocupada por, com a nova configuração parlamentar, a Direita já não precisar do PS para "rever a Constituição, eleger juízes para o Tribunal Constitucional (TC) e para eleger órgãos externos".
"O regime é a nossa bússola primeira. Temos de ser responsáveis. Em segundo lugar, temos de refletir coletivamente e fazer as considerações necessárias nos órgãos próprios do partido. Não há certezas súbitas ao dia de hoje, nem Portugal é, pelos vistos, uma exceção ao contexto europeu e mundial de crescimento da extrema-direita que agora tem de tomar decisões, já que é líder da oposição", reconheceu Isabel Moreira, através de uma publicação no Facebook.
Na mensagem, agradeceu ainda a Pedro Nuno Santos, que optou por abandonar o cargo de secretário-geral do partido, e mostrou-se "solidária com a decisão tomada de sair".
Aos portugueses, deixou a garantia de, como deputada eleita, fazer do medo coragem e não desistir.
"Trabalharei todos os dias do meu mandato tendo como ponto de luz os de sempre. A maioria do povo português que construiu a obra mais bonita de Abril - o Estado social - e todos e todas que andam a sentir - se ameaçados nos seus corpos, na sua dignidade, na sua identidade. Ninguém larga a mão de ninguém. Não há gente dispensável ao discurso que se tem por eficaz. Cabemos todos e todas. Lá estarei o melhor que souber", rematou a deputada do PS.
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