Depois de Manuela Ferreira Leite ter dito que a pasta do Emprego e dos Assuntos Socias “não era para Portugal, era para um português: Silva Peneda”, o presidente do Conselho Económico e Social veio colocar os pontos nos ‘i’s’ e dar o assunto como encerrado.
No programa ‘Conversas Cruzadas’ da Rádio Renascença, Silva Peneda diz que não é do interesse de Portugal “saber uma história com muito de pessoal”. O antigo ministro não se quis alongar no assunto, mas deixou no ar a curiosidade em saber a ‘versão’ do agora presidente da Comissão Europeia: “Se o sr. Jean Claude Juncker quiser, um dia, contar esta história... ele que a conte".
Silva Peneda quis por um ponto final na história, dizendo que não se quer “colocar em bicos de pés num assunto que está arrumado e decidido”.
“Quem tem poder de decisão decidiu da forma que entendeu ser a mais adequada para os interesses do país. O assunto está arrumado. Não quero alimentar nenhuma polémica sobre esta questão”, disse o ex-ministro aos microfones da rádio.
Silva Peneda garante ainda que não está “ferido” e que é preciso encarar toda a situação “com normalidade”.
Quando questionado sobre a escolha de Passos Coelho – que decidiu levar Carlos Moedas para a Comissão Europeia, ficando o ex-governante com a pasta da Investigação –, Silva Peneda diz não ter “nenhuma explicação” para a decisão.
“Passos Coelho é o primeiro-ministro de Portugal. Tem um poder legítimo. Decide de acordo com aquilo que entende serem os interesses nacionais. Ponto final”, esclareceu.