Mortágua apela ao voto dos indecisos e quer "máximo de deputados possível"

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, apelou hoje ao voto dos indecisos nas legislativas de domingo para "virar o jogo" e disse esperar "o máximo de deputados possível", sem fixar metas.

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Lusa
16/05/2025 16:41 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Bloco de Esquerda

"Gostaria de fazer um apelo a quem está indeciso. E eu sei que em cada pessoa que ainda não decidiu há uma preocupação com o direito à habitação, há uma preocupação com os baixos salários em Portugal, há uma preocupação com as longas horas de trabalho. E eu quero dar uma resposta a essas pessoas e dizer-lhes que o Bloco vai estar lá e defender o direito à habitação", apelou a coordenadora, numa ação de campanha com voluntários no Jardim da Cordoaria, no Porto.

 

No último dia de campanha eleitoral, em que os apelos ao voto se multiplicam, Mortágua salientou que o parlamento "já teve tantos deputados que, para além de serem mal criados e de insultarem, não fizeram mais nada para defender as pessoas, defendem só os interesses especulativos, o modelo dos baixos salários".

"Nós queremos virar esse jogo e queremos dar esperança ao país e queremos mudar a vida das pessoas e, para isso, o voto conta e o voto determina e é por isso que nós apelamos a este voto", sublinhou.

Acompanhada pelos três fundadores do partido que regressam nestas legislativas às listas, Francisco Louçã (Braga), Luís Fazenda (Aveiro) e Fernando Rosas (Leiria), Mortágua apelou a todos.

"Apelamos a todos os indecisos, apelamos a quem já votou BE, a quem vota BE, a quem ainda não pensa votar BE mas também não decidiu e vai decidir no domingo, confie. O BE tem as soluções, nós podemos baixar o preço das casas, nós podemos respeitar quem trabalha tantas horas, nós vemos este país, nós vemos quem nunca é visto, os invisíveis deste país", argumentou.

Interrogada sobre a manchete do Expresso, que refere que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "se prepara para um processo pós-eleitoral mais longo" e "não terá pressa em nomear o novo primeiro-ministro", Mortágua insistiu na ideia de que não existe estabilidade no país enquanto as pessoas não tiverem casa ou salário.

"Essa estabilidade de que tanto se falou ao longo desta campanha tem de ter significado, tem de ter conteúdo, tem de ser a estabilidade de sabermos que estamos seguros, que temos uma casa, que temos direito a um salário. As coisas mais básicas da vida, não deveriam ser um esforço, um desafio, uma preocupação, um medo. E é por isso que nós batalhamos para dar essa estabilidade e é por ela que pedimos o voto a toda a gente", voltou a apelar.

Mantendo-se disponível para "todas as conversações" no pós-eleições, a líder do BE argumentou que só o seu partido tem "a determinação, a coragem, a criatividade, a vontade de mudar a política" e lembrou que os bloquistas já o fizeram "outras vezes na história do país"

"Votem em nós porque nós podemos e sabemos como se baixa o preço das casas, nós podemos e sabemos fazer, sabemos respeitar o trabalho, nós não nos confundimos nas prioridades", sustentou.

Mariana Mortágua fez "o balanço mais positivo possível" da campanha eleitoral que termina hoje, depois de o BE ter adotado uma estratégia diferente do habitual, sem as tradicionais arruadas, visitas a mercados e feiras.

A líder bloquista enalteceu o contacto "porta à porta" que o partido fez durante este período, sempre fechado à comunicação social, e argumentou que "nada bate uma conversa".

"Não há mito que resista a uma conversa, à empatia da conversa, do cara a cara, dos olhos nos olhos", sublinhou.

A campanha do BE termina hoje onde começou, no distrito de Setúbal, com um comício.

Nas últimas eleições legislativas, em março do ano passado, o BE elegeu cinco deputados, dois por Lisboa (Mariana Mortágua e Fabian Figueiredo), dois pelo Porto (Marisa Matias e José Soeiro) e uma por Setúbal (Joana Mortágua), e foi a quinta força política mais votada com 4,36 % dos votos a nível nacional.

[Notícia atualizada às 17h09]

Leia Também: Joana Mortágua: "É imoral especular com casas enquanto há pessoas na rua"

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