"Cada um tem que fazer o seu papel", afirmou Rui Tavares depois de um dia dedicado a ações de rua em Lisboa, círculo eleitoral por onde elegeu dois deputados nas últimas eleições.
E, se assim for, a maioria de esquerda será cada vez mais uma realidade até olhando para as sondagens dos últimos dias, sustentou.
No penúltimo dia de campanha eleitoral, que terminará com a realização de um comício no Teatro Thalia, Rui Tavares considerou que essa mudança "pode estar a acontecer".
"E é positivo que aconteça para que a política portuguesa não fique desequilibrada e para que a direita não se veja, de repente, com uma maioria constitucional", alertou.
E, para se fazer diferente em Portugal, o Livre precisa de crescer em, pelo menos, mais 100 mil votos, advertiu o dirigente do Livre.
"Andam para aí partidos a dizer que querem ter 50 mil dos votos que o Livre teve antes, ou seja, querem ficar com um em cada quatro dos votos que o Livre teve antes", referiu.
Dizendo que o papel do Livre é disputar o quatro lugar com a IL, Rui Tavares garantiu que se o eleitorado lhe der mais 100 mil votos, o que significa ter uma votação de cerca de 5%, se lhe duplicar o grupo parlamentar, que atualmente é de quatro deputados, então "a mudança já não volta atrás".
Se assim for, Portugal terá um partido que faz com que a política se faça de outra maneira e que garante que não voltará a ter outra eleição igual a esta porque será impossível haver outro caso Spinumviva, referindo-se à empresa da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
"As pessoas estão frustradas por ir de novo a eleições, mas, acima de tudo, não querem ir para eleições que deixe tudo na mesma ou tudo pior", frisou.
Num novo apelo ao voto, Rui Tavares lembrou que as pessoas têm nas mãos a possibilidade de melhorar as coisas, mudar a política portuguesa, elevar, inclusive, o nível do debate dentro do parlamento e tornar tudo mais digno.
Nas últimas eleições legislativas, o Livre teve 204.676 votos (3,16%), enquanto a IL, partido com quem o Livre quer disputar o lugar, conseguiu 319.685 votos (4,95%).
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