Rocha acusa Ventura de servir interesses de Trump em vez dos portugueses

O líder da IL acusou hoje André Ventura de servir os interesses de Donald Trump em vez dos portugueses, considerando que é "absolutamente incompreensível" a postura do Chega relativamente às tarifas impostas pela administração dos Estados Unidos.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
14/05/2025 17:45 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Legislativas

Rui Rocha visitou esta tarde a Gosimac, uma empresa metalomecânica em Pombal, no distrito de Leiria, que exporta principalmente para a Suíça, Alemanha e Estados Unidos, e que, segundo o proprietário, começou a sentir os "problemas das tarifas" impostas pela administração de Donald Trump.

 

Questionado pelos jornalistas sobre esta questão, Rui Rocha disse que é importante "insistir do ponto de vista diplomático com os Estados Unidos" para que retirem as tarifas, que são "uma péssima decisão também para os americanos".

"Eu estou absolutamente convencido de que, se houver um mínimo de bom senso, será possível nos próximos tempos reverter essas decisões que são tão nocivas para os americanos, como para os portugueses", disse.

Para Rui Rocha, o importante é que, nesta matéria, haja entre os partidos políticos "vozes únicas nesta matéria" e que não haja quem "põe os interesses dos portugueses em segundo lugar para defender os interesses de Donald Trump".

"É algo que o Chega e o André Ventura têm feito e que é para mim absolutamente incompreensível", criticou.

Durante a visita à empresa, que fez acompanhado pelo cabeça de lista da IL no círculo eleitoral de Leiria, André Abrantes Amaral, Rui Rocha observou várias máquinas de alta tecnologia que produzem protótipos e peças destinadas à indústria farmacêutica e ao setor aeroespacial.

Segundo o proprietário, a empresa emprega atualmente 62 pessoas, mas está numa "perspetiva de crescimento" e pretende, num futuro próximo, triplicar o seu espaço e passar a contar com 150 trabalhadores.

Em declarações aos jornalistas, Rui Rocha frisou que a empresa fez um investimento em alta tecnologia há oito anos e, nesse período, "cresceu de tal maneira que, neste momento, já tem condições de fazer uma nova instalação com o triplo da dimensão, da faturação e mais pessoas".

"Agora imagine-se o que seria se Portugal, nestes últimos oito anos, tivesse o mesmo crescimento que esta empresa teve. E não há nada que nos impeça de replicar este excelente exemplo por todo o país", defendeu, frisando que a empresa é o exemplo do que a IL quer para o país.

"Um país que consegue acelerar, que consegue focar-se nos melhores exemplos e não um país de estagnação como aquele que temos tido, primeiro com a governação socialista e depois, também, com a governação da AD", referiu.

Questionado sobre como é que tem visto os apelos ao voto útil que têm sido feitos por figuras do PS e do PSD, Rui Rocha disse que "só há um voto forte, um voto de mudança, que é o voto na IL".

"Portanto, ao voto fraco, que é o voto de secretario, desses apelos a essas ideias de estabilidade que nem sequer conseguiram concretizar, eu oponho a isso o voto forte, da mudança, da confiança, o voto do reformismo de Portugal", disse.

Sobre se não se arrependerá de não ter integrado uma plataforma pré-eleitoral com a AD, Rui Rocha disse estar convicto de que não haverá nenhum resultado nestas legislativas que o levará a ter qualquer arrependimento sobre essa matéria.

"Não há nenhum resultado que me fizesse desejar outro tipo de solução, outro tipo de decisão", disse.

Rui Rocha voltou ainda a ser questionado pelos jornalistas se não tenciona estabelecer uma meta eleitoral fixa, além do objetivo de "crescer" que tem repetido desde o início da campanha eleitoral.

"Estou à espera que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos fixem objetivos. Quando eles fixarem, eu fixarei. Para já, tenho um fixado, que é crescer, crescer, crescer", respondeu Rui Rocha.

Leia Também: André Ventura publica vídeo de agradecimento após episódio "assustador"

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