"Como é que o PS se lembrou de escolher para candidato a primeiro-ministro aquele que despediu por ser o pior ministro num mau governo? Se o PS não o achou capaz de ministro, porque é que os portugueses achariam Pedro Nuno Santos capaz de ser primeiro-ministro?", questionou.
Defendendo que "a esquerda não conseguirá dar estabilidade a Portugal", Leitão Amaro preferiu concentrar a sua intervenção à direita, sobretudo no Chega, mas também com alertas sobre a Iniciativa Liberal, partido que já admitiu entendimentos pós-eleitorais com a AD.
"Por bem intencionados que sejam, nós podemos dizer, por exemplo, aqui em Viseu que votar na IL é voto desperdiçado, não concorre para uma maioria maior. E, já agora, mesmo [a nível] nacional retira força ao primeiro-ministro que hoje temos e que vamos continuar a ter para o futuro", afirmou.
Pouco depois, também o líder do CDS-PP, Nuno Melo, aproveitou para enfatizar uma frase que disse no sábado, em Famalicão, e que disse ter criado "um sururu": de que a coligação AD é apenas entre PSD e CDS-PP.
"É verdade. Não tenham dúvidas: todo o meu esforço, todo o meu desejo é que a AD tenha um resultado robusto, um resultado que nos permita uma governação que dependa apenas de nós e não de outros", afirmou.
E justificou: "Porque já percebemos que quando dependemos dos outros a instabilidade é a primeira das possibilidades", afirmou, num recado sem destinatário explícito, mas que também se poderá aplicar ao partido liderado por Rui Rocha.
Leia Também: Luís Montenegro e Rui Rocha? "Dupla do chico-espertismo e acelera"