Livre desafia Esquerda a apresentar-se com "contrato" ao país

Porta-voz do Livre defende "compromisso", "assinado por varias lideranças à Esquerda". 

PORTO, PORTUGAL - 2024/01/27: Founder and deputy of the Livre party, Rui Tavares speaks to the press during the 13th party congress in the Auditorium of the Almeida Garrett Library at Palácio de Cristal, as part of the preparation and discussion of ideas

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Notícias ao Minuto
28/03/2025 23:35 ‧ 28/03/2025 por Notícias ao Minuto

Política

Livre

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, desafiou, esta sexta-feira, os partidos à Esquerda a assinar "um programa político de mínimos" a ser apresentado ao país como um "contrato" para as próximas Eleições Legislativas antecipadas. 

 

"Podíamos ter um programa político de mínimos que fosse aceite por todos os partidos à Esquerda e que fosse apresentado ao país como um contrato para o país. E isso, por exemplo, poderia fazer a diferença no próximo mês", desafiou Rui Tavares, em entrevista à SIC Notícias. 

"Acabo de fazer a proposta, agora, em público. Espero que ela possa fazer caminho", esclareceu. 

Para Rui Tavares "seria muito interessante e muito importante ver os partidos à Esquerda apresentarem-se com um contrato perante o país", no qual dissessem os seus "compromissos", assumissem que "nas últimas eleições os votos passaram para a Direita", "é uma crise política", "é preciso esta responsabilidade" e, por isso, surge este "compromisso", "assinado por várias lideranças à Esquerda". 

Os eleitores poderiam depois votar "em qualquer um dos partidos à Esquerda", tratando-se apenas de uma "plataforma programática de entendimento que permite às pessoas ter confiança". 

O porta-voz do Livre afastou uma coligação pré-eleitoral, mas disse estar "disposto a dialogar" após as eleições, acreditando que uma 'geringonça' "é  a única maneira de governar à Esquerda". Contudo, esta negociação não pode acontecer "de qualquer forma".  "Nenhum primeiro-ministro apoiado pelo Livre se tiver uma empresa do tipo da de Luís Montenegro,  ou na sua esfera familiar, a pode manter", apontou.

"Outra proposta é que ministros e ministras vão a audição parlamentar ainda antes de iniciarem funções", acrescentou.

Rui Tavares admitiu ainda que o seu objetivo é "roubar votos" à Direita. 

Sobre a Esquerda em si, lembrou que o Livre é um "partido europeísta", que se vive um momento internacional "crucial" e que a "Europa tem de ser unida", uma "clareza", diz, que não tem "visto na Esquerda", que necessita também de "políticas mais ousadas e audazes"

"A Esquerda vai ter de voltar a recuperar alguns dos seus temas de base. Vai ter de fazer propostas, aquilo que eu chamo de objetos de desejo político para o futuro, que não podem ser apenas de defender, defender, defender", disse Rui Tavares, após ser questionado sobre a real possibilidade de a Esquerda vir a governar. 

"Defender o Estado Social, se não expandirmos o Estado Social, é difícil", concretizou o líder do Livre. 

De recordar que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou eleições antecipadas para o dia 18 de maio após o parlamento ter chumbado a moção de confiança avançada pelo Governo.

Leia Também: Líderes da IL, Chega, Livre, PS e PAN desejam melhoras a Montenegro

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