"Ter um bebé no nosso país não pode ser uma corrida de obstáculos"

O antigo responsável pela pasta da Administração Interna comentou a situação que se vive nos hospitais, nomeadamente, em relação às grávidas.

Notícia

© Mário Vasa / Global Imagens

Notícias ao Minuto
17/12/2024 10:19 ‧ 17/12/2024 por Notícias ao Minuto

Política

José Luís Carneiro

O antigo ministro da Administração Interna José Luís Carneiro falou, na segunda-feira, acerca das declarações da responsável pela pasta da Saúde, Ana Paula Martins, quando disse que a pré-triagem de grávidas já deveria ter sido aplicada "há muitos anos".

 

"Apenas estranho que tenha demorado nove meses - é um parto - para conseguirem ter chegado à conclusão que já tínhamos chegado quando no anterior Governo se fazia uma previsão a três meses daquelas que estariam abertas e encerradas para feitos de encaminhamento para quem tinha necessidades de obstetrícia e de ginecologia", começou por dizer no seu espaço de comentário 'A Bússola', na CNN Portugal.

O socialista apontou que "ter um bebé no nosso país não pode ser uma corrida de obstáculos para conseguir aceder ao Serviço Nacional de Saúde [SNS]", mas deixou elogios ao trabalho do Executivo, que "vai no caminho certo", nomeadamente, na procura da realização de uma triagem prévia antes do acesso ao SNS. "Para procurar fazer triagem entre aquilo que é urgente e não urgente", reforçou.

José Luís Carneiro considerou também que é preciso "clarificar" quem está do outro lado da linha, seja quem já está referenciado e depois é encaminhado, ou quem não tem referenciação. "Aí o caminho parece um pouco mais difícil porque fazem questão de sublinhar em terminar a necessidade e depois a celeridade na resposta", afirmou.

O antigo ministro considerou ainda como "desumano" ou "ridículo" o facto de existir um telefone em serviços de urgência, "em que [as pessoas] não podem entrar", mas que serve para que as mesmas possam saber sobre o seu encaminhamento. "Diria que era mais fácil, mais humanizador do serviço, garantir que no respetivo local que acedeu a grávida pudesse haver um atendimento", atirou.

Lembrando a carência de serviços na área de obstetrícia e ginecologia, o comentador defendeu que esta não era uma questão que se conseguisse resolver rapidamente enquanto não forem delegadas competências "desta natureza, nomeadamente, no serviço da enfermagem com especialidade em obstetrícia [...], para podermos garantir o acompanhamento na gravidez, pré-parto e recuperação". 

Leia Também: "Errado" ou "já devia ter começado". As reações à pré-triagem de grávidas

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas