O cabeça de lista do Partido Socialista (PS) às eleições regionais antecipadas da Madeira, Paulo Cafôfo, está esta sexta-feira no último dia da campanha eleitoral e, aos jornalistas, diz confiar que os "madeirenses vão dar uma oportunidade ao Partido Socialista (PS)".
"Neste momento, nas vésperas da decisão, o que vemos porte parte do adversário é a chantagem e o medo, mas os madeirenses já não vão nisso, já não cola. Os madeirenses devem ter medo é que tudo continue no mesmo", atira.
Referindo-se ao discurso desta quinta-feira, de Miguel Albuquerque, diz ver "desespero" nas palavras, acrescentando que o PS está "em posição de formar Governo".
Questionado se já fez contactos com partidos de esquerda para um possível entendimento, o candidato do PS disse que "só depois de domingo", quando for conhecido o resultado eleitoral.
"Eu tenho os números de telefone de toda a gente, excetuando de Miguel Albuquerque e excetuando de Miguel Castro, do Chega. Eu tenho o contacto de todos os outros partidos e aquilo que espero é que os madeirenses nos deem essa confiança e essa oportunidade", acrescentou.
Paulo Cafôfo reiterou que votar no Chega, CDS, IL ou PAN é "dar um voto à continuidade deste regime" e que "a única hipótese" de "acabar com este regime de 48 anos é votar no PS".
"Como causa da minha vida, eu espero ser presidente do Governo, espero que os madeirenses me deem esta oportunidade. Se assim não for, vou continuar obviamente na liderança do partido e a lutar por esta terra", afirmou ainda.
As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
[Notícia atualizada às 12h00]
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