"PS teve três anos de oposição medíocre e errática"
O deputado do PS, Sérgio Sousa Pinto, escreve hoje num artigo que assina no Diário de Notícias que o Partido Socialista é uma "oposição mobilizadora, determinada, capaz e liderante no Parlamento e no País" garantindo ainda que a oposição tem sido "medíocre, hesitante e errática".

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Política Sérgio Sousa Pinto
O deputado do PS, Sérgio Sousa Pinto, num texto de opinião que hoje assina no Diário de Notícias afirma que nos últimos anos o Partido Socialista teve um papel determinante e que por isso, a candidatura de António Costa à liderança dos socialistas é incompreensível. "Uma oposição mobilizadora, determinada e capaz, protagonizada pelo PS e liderante no Parlamento e no País, é natural que não perceba a razão de ser da candidatura de António Costa à liderança do PS”.
“Reduzir o conflito a um duelo de egos, em que a Costa é reservado o papel de ambicioso e maquiavélico vilão e a Seguro o de mártir inconsolável e carpideiro, que passeja pelo País o seu ressentimento, com um punhal cravado na omoplata direita”, é assim que Sérgio Sousa Pinto descreve os dois candaditos à presidência do PS.
O verdadeiro problema do PS é político, apesar de o tentarem converter numa novela, garante o deputado. “A chorosa novelização do problema político do Partido Socialista não resiste aos factos, duros, como punho, de três anos de oposição medíocre, hesitante e no geral errática e inepta. Esse é o problema. Puramente político”.
Relativamente aos piores momentos do Partido Socialista, Sérgio Sousa Pinto, começa por dizer que um deles foi quando o PS se absteve no Orçamento do Estado para 2012. "Absteve-se porquê? Porque não era fácil distanciar-se de políticas com as quais no essencial, concordava”.
“Digno também de ser recordado é o episódio do pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade de certas disposições do Orçamento, designadamente a matéria dos cortes nas pensões e da supressão dos subsídios de férias e de Natal, A direção do partido foi frontalmente contrária a essa iniciativa e exerceu tal pressão sobre os deputados do PS, que houve que procurar algumas assinaturas na bancada do Bloco”, acrescenta.
Em jeito de elogio, o deputado garante que foi devido à firmeza de uns quantos deputados socialistas que houve a intervenção do Tribunal Constitucional, "que o deserto político acabaria por converter na principal esperança da oposição social ao Governo”.
“O PS precisa de tempo e força para poder protagonizar uma verdadeira alternativa que rompa a gaiola de ferro do neoliberalismo europeu e doméstico”, afirma.
“Este PS, indiferente à agonia lenta que se autoimpôs permanece refém de uma cultura implacável de sobrevivência, uma esperteza feita de habilidade e manha, completamente estranha à cultura do partido, mas profusamente enfeitada de princípios e valores. Esperemos que as primárias, nascidas desse caldo, sejam instrumento da sua destruição”, remata o deputado.
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