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Tavares apela para que "nenhum voto no Livre fique por depositar na urna"

O porta-voz do Livre apelou hoje para que "nenhum voto no Livre fique por depositar na urna" nas legislativas de domingo, considerando que o partido é a "melhor garantia" para um mandato da esquerda estável.

Tavares apela para que "nenhum voto no Livre fique por depositar na urna"
Notícias ao Minuto

21:04 - 08/03/24 por Lusa

Política Livre

"Ao chegar a estas últimas horas decisivas de campanha eleitoral, há algo que é muito importante que digamos a todos: não há pior arrependimento do que aquele de no dia a seguir às eleições não termos votado naquilo que queríamos", defendeu Rui Tavares, no discurso de encerramento da campanha do Livre para as legislativas de domingo, que decorre no Porto.

Afirmando que ouviu vários testemunhos após as eleições de 2022 de pessoas que queriam ter votado no Livre mas não o fizeram e optaram pelo voto útil, por se terem "assustado", Tavares deixou o derradeiro apelo antes do final da campanha.

"Digam a toda a gente que não fique nenhum voto no Livre por depositar na urna. Que não fique nenhum arrependimento depois. (...) Não há susto pior do que podermos sair destas eleições com um caminho diferente para a política portuguesa e desaproveitarmos essa oportunidade", sustentou.

Tavares afirmou que nos 50 anos do 25 de Abril o país "conseguiu muita coisa mas havia uma coisa que faltava", um partido da esquerda verde europeia "com uma estratégia autónoma e que constasse por si só no boletim de voto".

"Um partido da esquerda verde europeia ajuda a que a política a funcionar melhor. Um partido como o Livre dá à esquerda uma atitude, uma tonalidade mais construtiva e uma capacidade de fazer diálogo porque também devemos confessar com realismo que houve dois mandatos, duas legislaturas interrompidas nas últimas duas eleições e isso também se deve a erros da esquerda", considerou.

Contudo, continuou o deputado único, "o Livre garante no quadro da esquerda portuguesa uma atitude política que é longe de qualquer sectarismo ou de qualquer soberba".

"E essa é a melhor garantia para na próxima legislatura a esquerda ganhar mas ter um programa de governo assinado por todos os partidos, que as pessoas possam escrutinar e que possa dar estabilidade e futuro a este país", defendeu.

O cabeça de lista por Lisboa mostrou-se satisfeito com os números das sondagens que mostram "o Livre a crescer" mas insistiu no alerta de que "as sondagens não elegem".

"Tudo é possível agora, só há uma coisa que não é possível: é haver votos que queiram ir para o Livre e não vão para o Livre. Porque em qualquer configuração o Livre vai fazer muita falta a este país", considerou.

O Livre mantém o objetivo de crescer mais do que a extrema-direita em termos proporcionais na noite de domingo, de forma a atingir o tão almejado grupo parlamentar.

Rui Tavares deixou a garantia de que esse grupo não diminuirá em qualidade e "terá mais qualidade, mais especialização, mais capacidade de ir a todo o lado e ouvir".

O historiador fez questão de terminar a sua intervenção fazendo referência a uma das principais medidas do programa do partido: estudar a criação de uma herança social, que visa permitir a um jovem entre os 18 e 35 anos aceder a uma quantia que pode ter origem na taxação de "grandes heranças", superiores a um milhão de euros, ou através da rentabilização de certificados de aforro.

"Imaginem que era cinco mil euros para cada um e cada uma. Significa 400 milhões de euros por ano, está longe de ser uma das propostas mais caras destas eleições e é provavelmente a mais cara nossa. A diferença que isso faz para a vida de uma pessoa", defendeu.

O deputado salientou que este instrumento, a ser implementado, "cobriria 1,6% da população nacional para beneficiar 100% das crianças a nascer".

"É preciso haver de novo uma esquerda que não tenha medo ou vergonha de sonhar e propor o futuro", rematou.

Nas eleições legislativas de 2022 o Livre obteve 1,28% dos votos, o correspondente a cerca de 71 mil boletins.

[Notícia atualizada às 21h27]

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