Navalny. Madeira aprova voto de pesar da IL e rejeita um idêntico do PCP

O parlamento da Madeira aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do líder da oposição russa Alexey Navalny, apresentado pela IL, e rejeitou outro com o mesmo objetivo apresentado pelo PCP.

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Lusa
22/02/2024 13:58 ‧ 22/02/2024 por Lusa

Política

Madeira

No debate, as forças partidárias -- PSD, PS, JPP, Chega, CDS-PP, PCP, IL, PAN e BE -- destacaram e apoiaram a luta de Alexey Navalny contra o regime do presidente russo Vladimir Putin.

No entanto, com exceção do deputado único do BE, todas as bancadas criticaram o PCP, acusando-o de "hipocrisia" ao apresentar o voto de pesar pela morte do opositor russo, ocorrida em 16 de fevereiro.

Assim, o voto da IL foi aprovado por unanimidade, ao passo que o do PCP foi rejeitado com os votos contra do PSD, PS, JPP, Chega, CDS-PP e IL, contando com os votos a favor do partido preponente e do BE e a abstenção do PAN.

Na reunião de hoje, o plenário rejeitou, também por maioria, uma proposta do PCP para a criação de uma comissão regional para as comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O deputado único comunista, Ricardo Lume, considerou que a data não deve ser assinalada na região de uma "maneira menor", apenas com uma sessão solene na Assembleia Legislativa, conforme está previsto, vincando a necessidade de se comemorar o aniversário "com dignidade".

O diploma contou com o apoio do BE, mas o deputado bloquista Roberto Almada alertou para a possibilidade de nem sequer haver sessão solene no parlamento regional, considerando que o Presidente da República poderá dissolver a Assembleia Legislativa na sequência da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira e que levou à queda do executivo PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, o que permitia à coligação ter maioria absoluta.

O projeto do PCP foi chumbado com votos contra do PSD e do CDS-PP, obtendo os votos favoráveis do partido preponente, do PS, do JPP e do BE, e abstenção do PAN e da IL.

Por outro lado, o parlamento aprovou por unanimidade um voto de solidariedade a "todas as famílias e população" afetadas pela aluvião de 20 de fevereiro de 2010, que provocou 42 mortos e avultados prejuízos materiais, avaliados em mais de 1.000 milhões de euros.

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