"Estado português tem de fazer mais". PCP pede cessar-fogo "imediato"
Paulo Raimundo elencou que o Governo deveria "fazer ouvir a sua voz em todos os espaços onde está, pela exigência do cessar-fogo imediato", além de ter equacionado que o "reconhecimento do Estado palestiniano seria um sinal importante".
© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images
Política Israel/Palestina
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, considerou, esta sexta-feira, que “o Estado português tem de fazer mais” no sentido de alcançar um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas e, consequentemente, “salvar o povo palestiniano e impedir que aquele massacre se alastre”.
“Aquilo que é preciso é que todos se empenhem naquilo que é fundamental agora: cessar-fogo imediato, paz, salvar o povo palestiniano e impedir que aquele massacre se alastre não só ao Médio Oriente, mas ao mundo inteiro”, começou por dizer o responsável, em declarações aos jornalistas, durante uma manifestação pelo fim do conflito, em Lisboa.
Na ótica do comunista, “o Estado português tem de fazer mais”, uma vez que “tem a obrigação constitucional de cumprir o que a Constituição prevê, que é a resolução dos conflitos armados por vias políticas”.
Paulo Raimundo elencou, nesse sentido, que o Governo deveria “fazer ouvir a sua voz em todos os espaços onde está, pela exigência do cessar-fogo imediato”, além de ter equacionado que o “reconhecimento do Estado palestiniano seria um sinal importante”.
“Abriu-se uma oportunidade naquela janela de poucos dias sem guerra, onde se demonstrou que é possível, com negociação, com discussão política, encontrar soluções. Foram encontradas soluções para aqueles quatro dias; é aquilo que se impõe”, complementou, referindo-se às tréguas que permitiram a libertação tanto de reféns do Hamas, como de prisioneiros palestinianos.
E continuou: “Qual é a alternativa ao fim da guerra? É dizimar aquela população por completo? Estamos numa situação em que o Estado de Israel solicitou aos palestinianos que saíssem da parte Norte de Gaza para o Sul, porque iam atacar o Norte. Agora, estão a atacar o Sul. Isto é um massacre completo que tem de parar. Não queremos ser cúmplices, nem ter o sangue nas mãos de milhares e milhares de inocentes, sabendo nós que uma parte muito grande são crianças.”
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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