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"O CDS-PP avisou: o PS no Governo traria o desastre à Educação"

Em causa estão os resultados do relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que mostram que os alunos portugueses de 15 anos pioraram os seus desempenhos nos testes internacionais de Matemática e Leitura, invertendo a tendência de melhoria que se vinha registando na última década.

"O CDS-PP avisou: o PS no Governo traria o desastre à Educação"
Notícias ao Minuto

00:21 - 07/12/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Educação

O líder do CDS, Nuno Melo, criticou, esta quarta-feira, o Governo, na sequência dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) 2022, conhecidos ontem.

"O CDS-PP avisou: enganando o sistema, mascarando maus resultados com facilitismo, extinguindo exames nos 4º e 6º anos, o PS no governo traria o desastre à Educação", escreveu o líder centrista numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter).

"No PISA 2022: os resultados estão à vista, para vergonha nacional", rematou.

O que diz o relatório?

Em 2022 participaram cerca de 690 mil alunos de 81 países e economias - e o retrato do desempenho dos estudantes releva "uma quebra sem precedentes", em que Portugal não foi exceção.

Os quase sete mil alunos de 224 escolas portuguesas que realizaram as provas de 2022 obtiveram piores resultados do que os seus colegas em 2018, colocando Portugal entre os países que mais baixaram de pontuação a Matemática.

"Em comparação com 2018, o desempenho médio caiu dez pontos de pontuação em Leitura e quase 15 pontos de pontuação em Matemática, o que equivale a três quartos de um ano de aprendizagem", sublinha Mathias Cornmann, secretário-geral da OCDE, no texto introdutório do relatório.

Em Portugal, os resultados dos alunos foram ainda mais graves: Os estudantes obtiveram 472 pontos a Matemática, ou seja, menos 20,6 pontos do que nas provas realizadas em 2018. Já em comparação com os resultados nas provas de 2012, desceram 14,6 pontos.

Alunos portugueses pioram a Matemática e a Leitura no PISA de 2022

Os alunos portugueses de 15 anos pioraram os seus desempenhos nos testes internacionais de Matemática e Leitura do PISA de 2022, invertendo a tendência de melhoria que se vinha registando na última década.

Lusa | 10:08 - 05/12/2023

Portugal surge assim na lista dos 19 países que baixaram mais de 20 pontos a Matemática, sendo que as notas desceram entre os alunos mais carenciados, mas também entre os mais privilegiados.

Três em cada dez alunos não conseguiram demonstrar ter conhecimentos mínimos a Matemática, ou seja, não atingiram o nível dois numa escala de seis valores.

Apenas 7% dos estudantes portugueses se destacaram, atingindo os níveis de proficiência mais elevados (5 e 6) a Matemática, uma disciplina que voltou a ser dominada por seis países asiáticos.

E o ministro da Educação?

O responsável pela Pasta da Educação, João Costa, comentou os resultados quando estes foram conhecidos. "Quando temos quebras nos resultados devemos ficar preocupados e devemos analisar com profundidade os resultados", disse o ministro, em declarações aos jornalistas, sublinhando que a "quebra de resultados acontece em países com políticas curriculares bastante diferenciadas".

"Portugal teve, na primeira década deste século, uma subida muito rápida nos resultados do PISA que nos fez convergir com a média da OCDE. E é essa convergência que, mesmo na queda dos resultados, continuamos a registar. Ou seja, Portugal desde 2012 está na média da OCDE, e agora quando cai, mantemo-nos nessa convergência", sublinhou

"Temos países muito diferentes, na forma como se ensina, nos currículos que desenvolvem, com esta tendência semelhante" de quebra de resultados, disse João Costa, recordando que este PISA era "muito aguardado" por ser o primeiro levantamento internacional feito após a pandemia.

Para o ministro, há uma descida que tem que ver com a pandemia, "mas a pandemia não explica tudo".  João Costa revelou que instou a OCDE para que, "entre ciclos do PISA", se faça uma análise para explicar a quebra dos resultados. 

"Interessa-nos olhar para os países que estão no topo e perceber o que é que têm feito", disse, lembrando que, na área da matemática, Portugal tentou aproximar o seu currículo ao de Singapura. 

Leia Também: Alunos portugueses sem chumbos têm notas no PISA ao nível dos melhores

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