“A coligação passou por excessivos tropeções nos primeiros dois anos de mandatos, (…) mas, desde a remodelação do verão passado, as coisas mudaram substancialmente”, afirmou Luís Filipe Menezes, em entrevista ao Diário Económico.
Na perspetiva do ex-presidente da Câmara de Gaia, “os dois partidos juntos já valem mais do que separados” e “quando mais cedo” anunciarem que se candidatarão juntos às legislativas “mais sinais de sentido de responsabilidade seriam passados”.
O Conselheiro de Estado, que não vê sinais de as eleições legislativas virem a ser antecipadas, considera mesmo que os partidos da maioria devem aproveitar a situação de impasse e divisão que se vive no PS para passar uma imagem de união.
“Acredito cada vez menos” na antecipação do calendário eleitoral de 2015, acrescenta, justificando: “o Presidente da República tem algum conservadorismo sensato de prezar a estabilidade política; tem havido grande veemência daqueles que poderiam ser os interlocutores que poderiam suscitar a questão de eleições antecipadas; e o perfil do atual primeiro-ministro não é o de quem desista com facilidade”.