Paula Santos reagia, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, à entrevista do primeiro-ministro na segunda-feira à noite na TVI e CNN Portugal, considerando que António Costa demonstrou a "falta de compromisso" do executivo maioritário socialista em aumentar salários e pensões.
"A realidade demonstra que é possível, exequível, que há condições para concretizar este aumento de salários e de pensões", argumentou.
Para o PCP, a entrevista do chefe do executivo também revela falta de compromisso para "revogar as normas gravosas da legislação laboral" ou "adotar as medidas que são verdadeiramente necessárias para o Serviço Nacional de Saúde", valorizando os seus profissionais.
"A falta de compromisso também do Governo para resolver os problemas da escola pública. Aliás, ficou evidente a recusa na contabilização do tempo de serviço para efeitos de progressão dos docentes", criticou.
Para Paula Santos, esta entrevista demonstrou que o Governo "insiste em não adotar as soluções para dar resposta aos problemas que são sentidos pelos trabalhadores e pela população".
"Ao mesmo tempo que se recusa a enfrentar os interesses daquela minoria que tem ganho em toda a linha neste período, e como se não fosse suficiente, pretende continuar com esse favorecimento de grupos económicos agora com um conjunto de privatizações como é exemplo a TAP", acrescentou.
Leia Também: PCP propõe aumento de 7,5% nas pensões em 2024
