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PTP considera afronta acordo celebrado entre PSD/CDS e o PAN

O Partido Trabalhista Português (PTP), que já teve três deputados no parlamento da Madeira, considerou hoje uma afronta os termos do acordo celebrado "às escondidas" entre PAN e PSD para viabilizar uma maioria absoluta na Assembleia Regional.

PTP considera afronta acordo celebrado entre PSD/CDS e o PAN
Notícias ao Minuto

11:54 - 27/09/23 por Lusa

Política Eleições/Madeira

Em comunicado, o PTP lamenta que o acordo de incidência parlamentar firmado terça-feira entre a coligação PSD/CDS e o PAN tenha sido "realizado às escondidas" numa unidade hoteleira do Funchal, dizendo ser "uma afronta aos madeirenses os termos e a rapidez com que foi feito".

"Estamos perante o grau zero da política, em que um acordo que vem decidir o futuro de toda a região nos próximos quatro anos é decidido em meia dúzia de horas, às escondidas, num espaço privado e vendido ao desbarato por 10 medidas, nenhuma delas estruturais para fazer face aos principais problemas da região", critica a dirigente Raquel Coelho, que assina o comunicado.

No mesmo documento, o PTP "alerta que votar em partidos emergentes e em candidatos desconhecidos, sem carga ideológica e sem historial de luta, pode levar a situações imprevisíveis como a do PAN".

Raquel Coelho afirma que o PAN "acabou a viabilizar por meia dúzia de medidas insignificantes o Governo de Miguel Albuquerque".

"Há partidos emergentes que são populados pelo PSD para depois, se preciso, serem bengalas, tirando votos aos verdadeiros oposicionistas", aponta.

De acordo com informação da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação PSD/CDS-PP venceu no domingo as eleições legislativas regionais com 43,13% dos votos (58.399 votos) e 23 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados, falhando por um mandato a maioria absoluta.

Miguel Albuquerque, que no rescaldo eleitoral fechou a porta a qualquer acordo com o Chega, confirmou na terça-feira um acordo de incidência parlamentar de quatro anos com o PAN, viabilizando assim uma maioria absoluta no hemiciclo.

O PAN, que elegeu a sua cabeça de lista, Mónica Freitas, assegurou que "não irá assumir qualquer função governativa" e que o acordo obriga o grupo parlamentar do PSD a "discutir previamente todas as iniciativas legislativas".

Há quatro anos, o PSD elegeu 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinha desde 1976, e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).

A segunda força política mais votada no domingo foi o PS, com 21,30% dos votos e 11 mandatos, quando há quatro anos tinha conseguido 36,59% dos votos e 19 mandatos.

O JPP passou de três para cinco mandatos, enquanto a CDU (PCP/PEV) conseguiu manter o deputado único que tinha.

No hemiciclo regional haverá duas estreias: o Chega, com quatro deputados, e a IL, com um deputado.

Por sua vez, BE e PAN regressam à Assembleia Legislativa Regional, também com um deputado cada.

Apresentaram-se a votos PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU e IL.

Votaram nestas eleições 135.413 dos 253.865 eleitores inscritos, o que representa uma taxa de participação de 53,34%.

O PTP, em 2011, chegou a alcançar três mandatos na Assembleia Legislativa da Madeira.

Nas regionais de 2015, o partido integrou a coligação Mudança (PS/PTP/PAN/MPT), que se desintegrou após o ato eleitoral, e ficou representado por um deputado.

Em 2019, o PTP concorreu com a sua própria lista, encabeçada por Raquel Coelho, não tendo conseguido eleger qualquer representante.

Leia Também: Madeira. PTP admite que "falhou" objetivo de eleger um deputado

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