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"Tudo enche os bolsos à custa da guerra, e povos cada vez mais apertados"

O comunista Paulo Raimundo falou ainda sobre a questão do uso do Falcon por parte do chefe de Governo, António Costa, numa ida à Hungria.

"Tudo enche os bolsos à custa da guerra, e povos cada vez mais apertados"
Notícias ao Minuto

16:44 - 17/06/23 por Teresa Banha

Política PCP

O secretário-geral da Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, falou, este sábado, sobre a guerra e em encontrar um caminho para a paz, no âmbito do desfile 'Parar a guerra – Dar uma oportunidade à paz', promovida pelo partido, em Lisboa.

"Estamos numa situação que a guerra alastra no mundo inteiro - Síria, Sudão, Palestina, Iémen, Ucrânia, com uma dimensão que conhecemos todos -, e aquilo que se coloca neste momento é criar todas as condições para pôr fim à guerra e dar oportunidade à paz. A guerra não serve os povos, não serve trabalhadores", afirmou, em declarações aos jornalistas, acrescentando que a guerra serve aqueles que vão ganhando milhões e milhões, como é o caso das empresas de armamentos e energia.

"Está tudo a encher os bolsos à custa da guerra, e os povos cada vez mais apertados. A solução para os povos não é instigar a guerra, é a paz", notou, dizendo que a solução passa por todos aqueles que podem, para "obrigar os que são intervenientes na guerra, nomeadamente a NATO, Estados Unidos, Ucrânia e Federação Russa" a sentarem-se à mesa de negociações para colocar um fim ao conflito.

"Quantos mais milhares de mortos são necessários e quanto mais destruição é necessária para perceber que o caminho é esse?", questionou, acrescentando que se há coisa que é "evidente" é que há outros intervenientes na guerra. "Também têm de ser chamados à pedra para pararem de instigar a guerra", rematou, acrescentando que para além da NATO e dos Estados Unidos, também deve ser chamada à mesa a União Europeia. "Não vemos uma única iniciativa de paz por parte da União Europeia", apontou.

O líder comunista foi ainda questionado sobre a viagem do primeiro-ministro, António Costa, no fim de maio, até Budapeste, na Hungria, onde assistiu a um jogo de futebol com o seu homólogo deste país, Viktor Orbán. A viagem, que não estava na agenda, foi realizada quando Costa seguia a caminho da Moldova para a cimeira da Comunidade Política Europeia, utilizando um Falcon 50 da Força Aérea Portuguesa. "Não é normal", considerou, acrescentando que Costa deveria utilizar os meios para colocar o Governo a trabalhar para a paz.

Já na sexta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que foi informado da escala de Costa em Budapeste. "O primeiro-ministro ia para uma reunião internacional e entendeu que devia dar um abraço a José Mourinho. Ele disse-me 'é um português que está envolvido, vou-lhe dar um abraço, pode ser que dê sorte' e quase ia dando", sublinhou o chefe de Estado aos jornalistas, à margem de um evento no Seixal, Setúbal.

Questionado sobre se esta viagem pode ser uma tentativa do primeiro-ministro para 'abrir' caminho a uma campanha na Europa, Raimundo referiu que isso é o que menos preocupa os portugueses. O líder referiu ainda que a questão do uso de Falcon deve ser esclarecido pelo primeiro-ministro, não sendo esta uma das questões que preocupa mais o partido.

Leia Também: Escala de Costa em Budapeste? "Há uso de Falcon para finalidade privada"

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