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"Eu acho que João Galamba não tem quaisquer condições para continuar"

Marques Mendes comentou o mais recente caso polémico do Executivo de António Costa.

"Eu acho que João Galamba não tem quaisquer condições para continuar"
Notícias ao Minuto

22:26 - 30/04/23 por Marta Amorim

Política Marques Mendes

Caso Galamba é "gravíssimo, bizarro" e até "surreal", opina Luís Marques Mendes no seu habitual espaço de comentário na SIC. 

"O que aconteceu esta semana no Ministério das Infraestruturas não parece de um país do primeiro mundo", diz Marques Mendes, que elenca três situações "todas ligadas entre si e todas graves". 

Primeiro, diz, é um caso político traduzido em "imaturidade e irresponsabilidade e mentiras", algo que já se está a banalizar. 

O caso político é ainda um "caso de polícia". "Meteu intervenção da PSP, da Polícia Judiciária, do SIS, acusações de sequestros e de roubos, agressões físicas, queixas crime. E tudo isto não é passado nem numa taberna nem num café, isto é num Ministério da República", atira. 

Galamba, recorda, é o responsável político deste ministério.  Em terceiro lugar, o comentador vê este caso como "abuso de poder", no caso do Serviço de informações (SIS). 

Posto isto, Marques Mendes afirma Galamba deve abandonar o Executivo.

"Eu acho que João Galamba não tem quaisquer condições para continuar", assevera. "É hoje um ministro suspeito e sem autoridade", diz, recordando que está acusado pelo ex-assessor de querer mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito.

Por outro lado, o ex-líder do PSD recorda ainda a reunião com a ex CEO da TAP e os deputados do PS "para combinarem perguntas e respostas antes da audição". "É eticamente inqualificável", afirma, dizendo ainda tratar-se de um "espetáculo deprimente" como nunca viu "em tantos anos de democracia". Aqui, assevera, Galamba é o responsável politico e terá de assumir responsabilidades. 

Marques Mendes lamenta ainda que tudo o que se tem passado, se Galamba não sai, é desta forma que o populismo cresce e "que o Chega aumenta nas sondagens". 

Em todas estas matérias da TAP António Costa anda permanentemente a esconder-se atrás dos ministros

Opinando que António Costa "não pode deixar de agir desta vez", insta-o a reagir. "Em todas estas matérias da TAP António Costa anda permanentemente a esconder-se atrás dos ministros", diz, considerando que este caso "é muito pior". 

O primeiro-ministro, avalia, deve colocar "ordem na casa, substituir o ministro e dar, desta vez, uma explicação ao país".

No caso de Costa nada fazer, Marcelo deve interpor-se, mas "sem bomba atómica". "Se o primeiro-ministro não age o Presidente deve ir 'exigir' que tome" uma posição, afirma Marques Mendes. 

Serviços de Informações não são a polícia

Marques Mendes apreciou ainda o envolvimento do SIS no caso, questionando se as notas no computador é que são relevantes "para a segurança nacional". Elucidando sobre o papel do organismo em Portugal, diz esta intervenção é muito negativa para o país. 

"Os serviços de Informações não são uma polícia", afirmou, dizendo haver "suspeita de ilegalidade". 

António Costa já não é o que era, já não tem o poder que tinha, sobretudo autoridade e liderança. Mas por culpa do próprio 

Acreditando que uma remodelação do Governo é inevitável, duvida, contudo, da sua eficácia. 

"Onde é que o primeiro ministro nesta altura do campeonato vai buscar pessoas com qualidade e prestígio? E já agora com maturidade", questiona, dizendo depois que "o problema central está no primeiro-ministro".

"António Costa já não é o que era, já não tem o poder que tinha, sobretudo autoridade e liderança. Mas por culpa do próprio".

Recorde-se que o ministro das Infraestruturas afirmou, este sábado, que reportou ao secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e à ministra da Justiça o roubo do computador pelo adjunto exonerado, tendo-lhe sido dito que deveria comunicar ao SIS e à PJ.

Frederico Pinheiro foi exonerado na quarta-feira por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" inerentes ao exercício das funções no gabinete do ministro João Galamba, depois de ter sido visado na troca de informações divulgada na comunicação social, na quinta-feira, sobre a polémica na TAP.

No dia seguinte, o adjunto exonerado acusou o Ministério das Infraestruturas de querer omitir informação à comissão de inquérito à TAP sobre a "reunião preparatória" com a ex-CEO, acusações que João Galamba negou "categoricamente", referindo ainda que, "pelo contrário", "toda a documentação solicitada pela Comissão Parlamentar de Inquérito foi integralmente facultada".

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