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Estarreja. Compra de pavilhão gera polémica entre maioria PSD/CDS e o PS

A Câmara de Estarreja vai remeter à assembleia municipal a compra de um pavilhão a uma empresa turca, para albergar os armazéns do município, por quase um milhão de euros, contestada pela oposição PS, informou hoje fonte municipal.

Estarreja. Compra de pavilhão gera polémica entre maioria PSD/CDS e o PS
Notícias ao Minuto

16:34 - 21/04/23 por Lusa

Política Estarreja

A decisão de avançar para a compra do imóvel foi tomada na reunião do executivo de quarta-feira, em que o presidente da câmara teve de usar o voto de qualidade devido a empate entre os vereadores do PSD/CDS-PP e os da oposição (PS), e vai voltar à Assembleia Municipal, após o assunto ter sido retirado da ordem de trabalhos em 14 de novembro.

A maioria justifica a compra à Mizrahi Investments Portugal, Lda com "a necessidade urgente de reorganizar a localização de alguns serviços da autarquia, centralizando num espaço único, zonas destinadas ao funcionamento dos serviços administrativos e técnicos, assim como, espaço de armazém que permita acomodar viaturas e equipamentos".

Acrescenta que "o espaço atualmente utilizado não reúne as condições necessárias e exigíveis" e que a sua demolição vai permitir a construção de um novo arruamento e de lugares de estacionamento de apoio ao Cine Teatro de Estarreja.

O PS entende que o negócio "é lesivo do interesse público por haver alternativas melhores e mais baratas", concluindo que a coligação PSD/CDS quer comprar "um pavilhão vandalizado e que está à venda há vários anos, prevendo gastar 1.119.500,00 euros", já que prevê gastar quase 170 mil euros em obras de adaptação.

"Estamos absolutamente convencidos que a autarquia tinha duas alternativas à compra daquele pavilhão, que ficariam mais económicas e cumpririam melhor as finalidades pretendidas: construir o pavilhão no terreno do antigo matadouro ou, em alternativa, construí-lo nos terrenos do Eco Parque, sendo que, em ambos os casos, o terreno é propriedade do município", argumentaram os vereadores do PS.

O presidente da câmara, Diamantino Sabina, eleito pela coligação PSD/CDS, diz que o PS anda a lançar "graves insinuações e suspeitas, relativamente à aquisição do prédio, sem apresentar provas" e que tudo é feito "com transparência e rigor", estando a despesa cabimentada e prevista no Orçamento e Grandes Opções do Plano aprovados.

O autarca salienta ainda que a operação será submetida à fiscalização prévia do Tribunal de Contas.

Quanto às alternativas referidas pelo PS, Diamantino Sabina diz que não o são. O terreno onde existiu o matadouro "está muito aquém da área necessária para instalar os serviços municipais e respetivo equipamento.

"Quanto ao Eco Parque, não há lotes disponíveis, sendo certo ainda que os lotes do Eco Parque servem para instalar empresas essenciais à criação de emprego", justificou.

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