Marinha falhou? "Trabalha com condições absolutamente degradadas"
A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes alertou que "é preciso apurar o que é que efetivamente se passou" após decisão de 13 militares de recusarem embarcar no navio NRP Mondego por falta de condições.
© Getty Images
Política Ana Gomes
A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes mostrou-se preocupada após decisão de 13 militares de recusarem embarcar no navio NRP Mondego por falta de condições, no sábado, alertando que "é preciso apurar o que é que efetivamente se passou".
"Quando nós sabemos que a Marinha hoje trabalha com condições absolutamente degradadas, ainda por cima em tempos de guerra, isto preocupa-me", começou por considerar Ana Gomes, em declarações à TSF esta terça-feira.
Pedindo para que se apure o que terá acontecido, Ana Gomes não descarta "que muito tenha a ver com as condições dos equipamentos e também das remunerações".
"As pessoas não têm condições para cumprir com dignidade as suas funções sobretudo aos níveis mais mal pagos, mais baixos", considerou.
Recorde-se que mais de uma dezena de militares do navio NRP Mondego, que se encontra na Madeira, recusaram-se no sábado a embarcar para cumprir uma missão, invocando falta de condições de segurança.
Esta ação levou a Marinha a considerar que os 13 operacionais "não cumpriram os seus deveres militares, usurparam funções, competências e responsabilidades não inerentes aos postos e cargos respetivos".
De acordo com um documento elaborado pelos 13 militares em questão, a que a Lusa teve acesso, no sábado à noite o NRP Mondego recebeu ordem para "fazer o acompanhamento de um navio russo a norte do Porto Santo", numa altura em que as previsões meteorológicas "apontavam para ondulação de 2,5 a 3 metros".
Segundo estes 13 militares, o próprio comandante do NRP Mondego "assumiu, perante a guarnição, que não se sentia confortável em largar com as limitações técnicas" do navio.
Leia Também: Marinha falha acompanhamento de navio russo após recusa de militares
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com