O presidente do PSD afirmou esta quarta-feira que o governo regional dos Açores, liderado pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, mantém todas as condições para se manter em pé, mesmo depois da cisão com o deputado da Iniciativa Liberal (IL), que abandonou o acordo de governabilidade na região.
Para Luís Montenegro, que considera que "não há nada que justifique esta tomada de posição" e lamentou "a opção do deputado da IL no parlamento regional, mas neste momento há todas as condições de governabilidade da região autónoma".
"O governo regional tem um orçamento e um plano aprovados, o próprio partido que rompeu o acordo não quer a demissão do governo, predispôs-se a apoiá-lo caso a caso no parlamento regional, e nessa medida eu diria que estão reunidas as condições para continuar o seu caminho", reiterou o líder social-democrata aos jornalistas, à entrada de um jantar-debate em Braga, no âmbito do Dia Internacional das Mulheres.
Montenegro repetiu várias vezes que o PSD "é um partido que nem é de tacticismos, nem de dramatismos, é um partido de responsabilidade", e atirou a batata-quente para o Partido Socialista, caso este entenda que são necessárias eleições antecipadas no arquipélago.
"Se o PS entende que não, deve ser consequente com isso. Apresenta uma moção de censura, sujeita a aprovação ou rejeição do parlamento regional, e com isso a política ficará clarificada, sendo certa uma coisa absolutamente incontestável: o partido da estabilidade e da responsabilidade é o PSD, o partido que poderá criar instabilidade é o PS", afirmou Montenegro.
Luís Montenegro aproveitou ainda para fazer rasgados elogios ao presidente do governo regional, José Boleiro, um "amigo" cujo executivo está a fazer "um bom trabalho, que será reconhecido nas futuras eleições pelos açorianos".
Leia Também: Açores. Representante da República vai deixar parlamento "prosseguir"
