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PCP pede mais condições para garantir médico de família para todos

O PCP apelou hoje a que o Governo crie condições para garantir que todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenham acesso a um médico de família e criticou o encerramento de urgências de pediatria.

PCP pede mais condições para garantir médico de família para todos
Notícias ao Minuto

18:46 - 07/03/23 por Lusa

Política Médico de família

Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PCP, em Lisboa, pouco depois de ter participado num encontro com representantes da Unidades de Saúde Familiar - Associação Nacional (USF-AN), Paulo Raimundo lamentou o que considerou ser uma falta de reconhecimento do "papel determinante" do SNS e da dedicação dos seus profissionais.

O líder do PCP criticou o Governo por estar a fazer o caminho "completamente contrário" às necessidades do SNS e dos seus profissionais.

"Ainda agora soubemos que o Governo confirmou um caminho de encerramentos, nomeadamente de um conjunto de urgências pediátricas. Ora, o que nós precisamos não é de encerramentos, é de alargar, de reforçar e criar melhores condições para os profissionais", salientou.

Paulo Raimundo defendeu que é necessário "enfrentar os problemas de frente", investir mais no SNS, responder aos problemas dos utentes e mostrar "maior respeito" pelos profissionais, em particular no que se refere às questões salariais.

"Este é um caminho que temos de travar, que está nas mãos dos profissionais também, e que está na mão também dos utentes, responder e de contrariar esta errada opção, com consequências gravíssimas na vida dos utentes, em particular das crianças", frisou.

O líder do PCP apelou a que o Governo crie "todas as condições" para que não haja utentes sem médico de família, o que disse passar também pela generalização das Unidades de Saúde Familiar (USF).

Paulo Raimundo referiu que, no encontro com o USF-AN, houve um reafirmar da disponibilidade dos profissionais de saúde para fazerem tudo "o que estiver ao seu alcance" para procurarem precisamente "diminuir o número de utentes sem médico de família, dando as respostas clínicas que são necessárias".

Antes de Paulo Raimundo, o presidente da USF-AN, André Biscaia, referiu que, durante o encontro com a delegação do PCP, manifestou a sua preocupação com "o número de residentes em Portugal que não têm equipa de saúde familiar atribuída".

André Biscaia considerou que, para responder a esse problema, é necessário generalizar as USF para toda a população, mas também melhorar as condições de trabalho das equipas, em particular "a carreira do secretário clínico, que não tem o perfil de competências aprovado nem uma carreira".

Por outro lado, André Biscaia defendeu que o aumento do modelo B das USF, em detrimento do modelo C, poderia também resolver muitos problemas de maneira "relativamente simples", ao "atrair e reter profissionais nos cuidados de saúde primários".

Questionado se o Governo tem manifestado vontade política para concretizar aquelas medidas, o presidente da USF-AN respondeu que "o secretário de Estado já disse que esse era o caminho".

No entanto, Isabel Gonçalves, vogal da direção da USF-AN, acrescentou que é necessário que, até ao final do semestre, o Governo faça a "proposta da generalização do modelo B" devidamente calendarizada, afirmando que o ministério da Saúde ainda não tenha dado qualquer resposta sobre o assunto.

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