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Palco de 5 milhões? "Os salários de quem paga continuam miseráveis"
O vereador comunista João Ferreira considerou tratar-se de "um exagero".
© Global Imagens
Política João Ferreira
O vereador comunista da Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, criticou, na quarta-feira, o investimento de quase cinco milhões de euros no altar-palco no qual discursará o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude.
Numa publicação, na rede social Twitter, o comunista afirmou que “um palco de cinco milhões é um exagero”. Criticou ainda os cerca de 140 milhões de euros que o Governo vai pagar às concessionárias para limitar o aumento das portagens, os três mil milhões anunciados para ajudar as empresas a lidar com os aumentos no preço da energia e os “20 mil milhões injetados na banca privada”.
Na ótica de João Ferreira, trata-se tudo de um “exagero”, nomeadamente porque “os salários de quem paga tudo isto continuam miseráveis”.
“Um palco de 5M€ é um exagero. 140M€ dados às concessionárias de auto-estradas é um exagero. 3.000M€ oferecidos à EDP, Endesa, Iberderdrola, Galp e outras é um exagero. 20.000M€ injectados na banca privada é um exagero. Os salários de quem paga tudo isto continuam miseráveis”, escreveu.
Um palco de 5M€ é um exagero. 140M€ dados às concessionárias de auto-estradas é um exagero. 3.000M€ oferecidos à EDP, Endesa, Iberderdrola, Galp e outras é um exagero. 20.000M€ injectados na banca privada é um exagero. Os salários de quem paga tudo isto continuam miseráveis.
— João Ferreira (@joao_ferreira33) January 25, 2023
Sublinhe-se que o investimento total para receber o Papa Francisco deverá superar os 20 milhões de euros, segundo as previsões anunciadas pela Câmara Municipal de Lisboa. A autarquia, através do presidente, Carlos Moedas, garante que o palco e muitas das estruturas serão reutilizadas para outros eventos.
A Jornada Mundial da Juventude, considerado o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo e que conta com a presença do Papa, irá realizar-se no início de agosto. A escolha para que Lisboa acolhesse o evento surgiu em 2019, sendo que estava inicialmente previsto que decorresse em 2022.
Leia Também: Oposição na CML critica falta de transparência nos investimentos da JMJ
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