"<span class="news_bold">Estão 289 funcionários para sair" dos quadros dos consulados portugueses no exterior, recordou Maló de Abreu, em declarações à Lusa no final da audição de hoje do ministro João Gomes Cravinho na comissão parlamentar e Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
Mas o ministro assegurou esta terça-feira que os que saírem "serão sempre repostos", além do novo recrutamento de 133 funcionários ainda este ano.
Portanto, sublinhou o deputado do PSD: "a ideia é que seja feita a reposição e que cresça", o número de funcionários dos consulados.
"Se isso acontecer é bom", afirmou. Mas "está longe de dar uma resposta efetiva às necessidades das comunidades, porque há dificuldades objetivas".
O mecanismo automático de substituição de funcionários é, para Maló de Abreu, uma "boa medida" anunciada por João Cravinho, que "dá resposta imediata aos problemas que vão surgindo, porque há muitas baixas e situações de dificuldades momentâneas", pelo que a haver uma bolsa de pessoas para a substituição é boa. Porém, alertou, "é preciso ver agora a sua concretização".
Apesar disso, considerou que o ministro não deu resposta a algumas questões que lhe têm vindo a ser transmitidas pelas comunidades portuguesas.
"Estão a viver fora da realidade porque há grandes lacunas e grandes deficiências na nossa rede consular", concluiu.
"Sendo certo que o senhor ministro assumiu que a situação é difícil, sobretudo por causa da pandemia e da guerra na Ucrânia, da parte do Partido Socialista houve como que um passar por cima de um assunto que efetivamente é complexo relativamente às comunidades portuguesas, porque as queixas são diárias e múltiplas" relativamente aos serviços consulares, conclui o deputado.
Leia Também: MNE anuncia contratação de mais 133 funcionário consulares este ano