Ou Governo cede no aumento dos salários ou vai ter "triste fim"

O secretário-geral comunista considerou hoje que o apoio de 240 euros "é muito importante" para várias famílias, mas também é o reconhecimento de que ou o Governo cede no aumento dos salários ou "vai ter um triste fim".

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Lusa
15/12/2022 17:53 ‧ 15/12/2022 por Lusa

Política

PCP

"A medida penso que hoje decidida pelo Governo, em Conselho de Ministros, deste apoio pontual de mais 240 euros para uma parte, um conjunto de família, é, de facto, muito importante para o conjunto das pessoas que vão receber este apoio", reconheceu Paulo Raimundo no final de uma sessão pública sobre a nacionalização dos CTT, na Voz do Operário, em Lisboa.

Contudo, o apoio "também é o reconhecimento da dimensão do problema".

"Portanto, é uma questão de tempo até que o Governo seja obrigado a ceder, porque se não ceder vai ter um triste fim, porque se não ceder vai ter muitas dificuldades", completou o secretário-geral do PCP.

E insistiu que o caminho para mitigar a crise adensada pela inflação é outro: "Isto não vai lá de 240 euros em 240 euros, isto vai lá com aumentos salariais, com o aumento das pensões e com a contenção dos preços para acabar com a especulação."

"O resto ajuda muito a quem recebe, mas não resolve o problema de fundo", reforçou.

O Conselho de Ministros aprovou hoje o apoio extraordinário de 240 euros dirigido a famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia, disse a Ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

O apoio abrangerá cerca de um milhão de famílias (1.037 mil agregados) e será pago numa única vez no dia 23 de dezembro para quem tem o IBAN registado junto da Segurança Social e por vale postal nas restantes situações.

Este apoio "será pago a todos os agregados que já tiveram um apoio excecional para compensar a inflação", disse a ministra do Trabalho, nomeadamente as famílias que em abril e junho receberem uma prestação extraordinária de 60 euros.

O objetivo deste novo apoio, a ser pago em dezembro é apoiar "as despesas acrescidas" das "famílias mais vulneráveis" face à subida da inflação e ao seu impacto no custo de vida, disse a ministra.

Leia Também: Portugal "precisa de arrepiar caminho" no ordenamento de território

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