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OE2023? “Aconteça o que acontecer no mundo, é aprovado”

Francisco Louçã comentou a aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, no meio de um 'temporal' que se abate no país durante o debate do documento.

OE2023? “Aconteça o que acontecer no mundo, é aprovado”
Notícias ao Minuto

23:22 - 28/10/22 por Notícias ao Minuto

Política Francisco Louçã

Francisco Louçã comentou, esta sexta-feira, a proposta do Orçamento do Estado para 2023, que foi aprovada na generalidade, numa semana que considerou “estranha” pelas diversas questões problemáticas que assolam o país, como a inflação mais alta dos últimos 30 anos ou a “notícia anedótica” do pagamento dos 125 euros aos proprietários de ‘vistos gold’.

“Aconteça o que acontecer no mundo, o Orçamento é aprovado e é o Partido Socialista que o diz. Na verdade, havendo maioria absoluta, um dos erros do PS foi ter usado essa maioria absoluta de uma forma que é demasiado estereotipada: tratar o PCP com condescendência e o BE com ódio, tratar com muita animosidade a Iniciativa Liberal, favorecer o Chega no contexto da sua polarização com o PSD… São tudo jogos políticos que se vão repetindo”, afirma Francisco Louçã, no seu espaço de comentário habitual às sextas-feiras na SIC Notícias.

"O primeiro-ministro devia ouvir uma entrevista de Lídia Jorge, uma grande escritora portuguesa que foi escolhida para o Conselho de Estado, que diz uma coisa de enorme sensatez. 'Não percebem que estar todos os dias a dizer que o défice é maravilhoso, a dívida é maravilhosa, grande acordo do gasoduto, está tudo perfeito... Mas depois é preciso que as pensões fiquem mais baixas, é preciso habituarmo-nos que os salários sejam mais baixos. Não há soluções para isto", salienta.

O comentador considerou que o primeiro-ministro se muniu de “dois trunfos”. São eles “o acordo com os sindicatos da UGT” e “a taxa sobre lucros extraordinários”.

Sobre o segundo ponto, Louçã afirma que tem de haver um registo das receitas contabilizadas, focando o caso do grupo Jerónimo Martins, que reagiu negativamente ao saber que a distribuição foi uma das áreas empresariais que será taxada sobre lucros muito elevados.

“A Jerónimo Martins protestou porque a distribuição passou a ser abrangida e o Governo tremeu. O que é vai fazer? Não sabemos! O Governo normalmente usa duas estratégias nestes casos - prometer muito porque a opinião pública pressionou, mas depois não fazer nada; ou dar muito pouco e compensar de outras formas”, salienta o bloquista.

Questionado sobre quais os problemas do país que atualmente não têm resposta, Louçã refere um “problema de contas”, referindo-se à indemnização de 218 milhões de euros a pagar à EDP, ao reforço de 136 milhões de euros para parcerias público-privadas, num total de operações que vão “agravar o défice em mais de 574 milhões de euros”.

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