"Há menos dinheiro, carrinho com menos bens e os mesmos salários"

O ex-líder do CDS falou sobre o aumento da inflação em Portugal e na Zona Euro e apontou ainda o dedo ao Governo, considerando que está na hora de os líderes terem um "pouco mais sentido de equidade".

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Teresa Banha
22/08/2022 08:43 ‧ 22/08/2022 por Teresa Banha

Política

Inflação

Paulo Portas analisou, no domingo, o aumento da inflação em Portugal, taxa que considerou ser "a pior inimiga de uma família pobre". Comparando a média dos preços dos produtos agrícolas no país entre 2017 e 2021, o comentador da CNN Portugal foi peremptório.

"A conclusão a que chegamos é a de que há cada vez menos dinheiro no mealheiro, o carrinho das compras tem menos bens, os salários são basicamente os mesmos e os preços estão descontrolados", notou.

"As pessoas estão a fazer contas, e estão, obviamente preocupadas", referiu, enquanto como pano de fundo tinha algumas das diferenças nos preços detes produtos, como, por exemplo, o da batata, que este ano está 102% mais cara, ou a alface, que ronda um aumento de 87%.

"Está a chegar a hora de o Estado ter um pouco mais de sentido de equidade""A inflação é o pior inimigo de uma família pobre, porque quanto mais pequeno é o rendimento mais grave é o impacto de uma inflação grande", lembrou, acrescentando que é necessária alguma ação do poder executivo. "Está a chegar a hora de o Estado ter um pouco mais de sentido de equidade porque através do IVA, nomeadamente, o Estado vai aumentando a receita fiscal, à medida que os preços aumentam", sublinhou.

O ex-líder do CDS deixou ainda elogios ao país no que diz respeito ao crescimento económico do país no 1.º trimestre, fenómeno causado "pela chamada despesa a seguir à Covid-19", durante a qual as pessoas queriam ir de férias ou gastar dinheiro. "Isso teve muito impacto no 1.º trimestre. Portugal foi um dos melhores crescimentos económicos da União Europeia e, no 2.º trimestre, subitamente, a economia portuguesa contraiu. O que significa que - em vez de crescer - decresceu"

Numa análise mais global, o centrista apontou ainda como sinal positivo o crescimento de economias de países como França, Itália ou Espanha, que estão "melhor do que se pensava". O analista apontou, sem sentido contrário, a Alemanha, já que a economia "estagnou".

"O que os economistas dizem é que esse 1.º trimestre servirá para  aguentar um crescimento que andará entre os 5,5% e os 6%. Teremos que aguardar pelos próximos meses", rematou.

O ex-vice-primeiro-ministro de Portugal lembrou ainda que a "inflação já cá estava antes da guerra, mas a guerra acelerou o comportamento". "Já vamos com um par de meses em que Portugal fica acima da média europeia - que são 8,9%. Neste momento é de 9,4%. Há países que estão francamente piores", e cujo valor da inflação ronda os 20%.

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