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Chega vai apresentar um projeto de censura a Santos Silva

André Ventura acusa o presidente da Assembleia da República de parcialidade para proteger o Governo do PS.

Chega vai apresentar um projeto de censura a Santos Silva
Notícias ao Minuto

00:12 - 16/07/22 por Tomásia Sousa

Política André Ventura

O presidente do Chega anunciou, esta sexta-feira, que o partido vai apresentar um projeto de resolução de censura ao presidente da Assembleia da República, que acusa de parcialidade e de atropelar o Regimento da Assembleia da República com vista a proteger o Governo do Partido Socialista (PS).

A decisão surge depois de Santos Silva ter remetido para a próxima semana o agendamento de um debate de urgência sobre os incêndios requerido pelo Chega para esta sexta-feira.

Em entrevista à CNN Portugal, André Ventura afirmou que não vai aceitar o debate, recusando esperar uma semana.

"Os debates de urgência chamam-se de urgência", sublinhou, afirmando que o Regimento "diz que um debate de urgência para sexta-feira pode ser pedido até às 18h da quinta-feira anterior".

O líder do Chega acusou o presidente da Assembleia da República (AR) de não aceitar o debate de urgência porque "não quer por o PS numa situação desconfortável" e, por isso "fez o que não podia fazer, incumpriu o Regimento".

"E vamos a ver o que tem o Tribunal Constitucional a dizer sobre isto", ameaçou ainda.

"Nós vamos usar um instrumento que eu penso que nunca foi usado em democracia, mas que nós vamos usar. Nós vamos propor ao Parlamento, no domingo, uma censura a Santos Silva", anunciou Ventura.

O líder daquele partido diz mesmo que "vários partidos - não só o Chega - têm vindo a queixar-se" da "parcialidade incrível" de Santos Silva "no que toca à maioria do PS e ao trabalho que tem feito".

Não é uma, nem duas, nem três que Augusto Santos Silva atropela o Regimento, atropela as leis que regem o funcionamento da Assembleia da República, sempre com o objetivo de beneficiar de beneficiar o Governo e o Partido Socialista."

"Vamos dar entrada com um projeto de resolução a pedir à Assembleia que censure Augusto Santos Silva e que permita dar-lhe esse sinal político de que o caminho e o mandato que está a fazer não é o mandato para o qual foi eleito", defendeu, reconhecendo que este projeto, a ser apresentado domingo, "não é bom para a Assembleia da República nem para a democracia".

Insistindo que o presidente da AR decidiu proteger o PS e o Governo e não cumprir o Regimento, André Ventura considerou que "seria um pouco caricato" que Santos Silva "vete uma censura a ele próprio" e, portanto, espera que a iniciativa seja levada à câmara.

Defendendo a urgência do debate sobre os incêndios, Ventura frisou que está a cumprir o seu papel enquanto oposição.

"Os portugueses elegeram-nos para fazer oposição, não para dar palmadinhas nas costas de António Costa, que é o que o resto da oposição está a fazer", acusou, defendendo que o Chega é o único partido que "lhes faz frente" e "usa os direitos regimentais".

"Acha que o país está à espera de quarta-feira para ouvir o primeiro-ministro sobre isto? Ali terá de responder à oposição. Os jornalistas fazem o trabalho de informar, mas a oposição tem o dever de escrutinar", concluiu.

Leia Também: Chega faz "interpretação equívoca" ao exigir debate em dias sem plenários

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