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Abstenção do PSD tornará Montenegro na "versão 2 de Rio", diz Ventura

O líder do Chega manifestou-se hoje desiludido com a abstenção do PSD na votação da moção de censura ao Governo apresentada pelo seu partido, considerando que Luís Montenegro pode tornar-se na "versão dois de Rui Rio".

Abstenção do PSD tornará Montenegro na "versão 2 de Rio", diz Ventura
Notícias ao Minuto

17:55 - 05/07/22 por Lusa

Política CHEGA

"Luís Montenegro levar a proposta de abstenção à bancada social-democrata é não só uma traição àquilo que ele próprio disse no congresso, como mostra que, provavelmente, vamos ter uma versão dois de Rui Rio", afirmou André Ventura em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos, na Assembleia da República.

Ventura lembrou que a decisão do novo líder social-democrata aconteceu "depois de críticas cerradas ao Governo, depois de ter dito que [o ministro das Infraestruturas e da Habitação] Pedro Nuno Santos tinha que sair e ser demitido, depois de ter dito que era preciso um novo Governo para Portugal e que este só tem conduzido o país à destruição".

Manifestando uma "enorme desilusão e frustração política" com o sentido de voto dos sociais-democratas, o líder do Chega disse esperar que, "nas próximas horas, não só os contactos entre os partidos, mas sobretudo a reconsideração daquilo que foi dito no congresso dos motivos e dos objetivos desta moção de censura -- do sinalizar o cartão vermelho ao Governo -- possam levar o PSD a reconsiderar" a sua decisão.

"Caso contrário, fica claro, como disse, que Luís Montenegro é apenas a versão dois de Rui Rio, e todos esperávamos uma oposição diferente a partir desta semana em Portugal, pelo que apelo a que o PSD ainda possa reconsiderar esta posição assumida e possamos amanhã [quarta-feira] mostrar juntos, à direita, um cartão vermelho à governação de António Costa", frisou.

O PSD anunciou hoje que irá abster-se na votação da moção de censura ao Governo apresentada pelo partido Chega e que será debatida na Assembleia da República na quarta-feira.

Em comunicado, os sociais-democratas informaram que a deliberação foi tomada "hoje pela Comissão Permanente Nacional do PSD e remetida à direção do Grupo Parlamentar do PSD".

Na sexta-feira, o presidente do Chega, André Ventura, anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo, uma iniciativa que está à partida chumbada uma vez que o PS dispõe da maioria absoluta dos deputados na Assembleia da República.

No texto da moção de censura, o Chega justifica a iniciativa dizendo que o país está "perante um Governo sem estratégia" e que "os escassos meses do XXIII Governo Constitucional foram já prova bastante da sua falta de capacidade e organização".

Em concreto, o Chega identifica três situações que o executivo "se tem mostrado incapaz de resolver: caos na saúde; crise nos combustíveis; completa falta de articulação no seio do Governo e desautorização e fragilização extrema de alguns ministros".

E aponta que a situação em torno do novo aeroporto de Lisboa foi "a gota de água", considerando que "por bem menos do que esta absoluta confusão institucional, o então Presidente da República, Jorge Sampaio, dissolveu a Assembleia da República na XIX legislatura".

Leia Também: PSD vai abster-se na moção de censura do Chega ao Governo

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