Moção de censura do Chega ao Governo. Como vão votar os partidos?
Será debatida esta quarta-feira na Assembleia da República.
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Política Assembleia da República
Na sexta-feira, o líder do Chega, André Ventura, anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo, uma iniciativa que estará à partida chumbada dado que o PS dispõe da maioria absoluta dos deputados na Assembleia da República (AR).
Como tal, a moção de censura ao Governo, cuja aprovação teria como consequência a demissão do mesmo, será debatida no Parlamento esta quarta-feira, segundo a reunião extraordinária da conferência de líderes parlamentares, cumprindo assim os três dias previstos no Regimento.
Alguns partidos políticos já manifestaram publicamente a posição que irão adotar, revelando o seu sentido de voto. PCP e BE mostraram-se contra; PSD e IL irão abster-se.
Como votarão (e como argumentam)?
O Grupo Parlamentar do PCP sustentou o seu voto contra por considerar que a iniciativa da bancada da extrema-direita "não propõe soluções" para os problemas do país, demarcando-se da iniciativa apresentada pelo partido de André Ventura.
"O Chega utiliza problemas reais não com o objetivo de dar resposta aos trabalhadores e às populações, mas com projetos e políticas que só contribuem para os agravar. O PCP não contribuirá para essa manobra, por isso, votará contra a moção de censura", esclareceu o partido.
Também o BE está contra a moção de censura ao Executivo, tendo Catarina Martins, coordenadora do partido, argumentado que "as críticas que o Bloco de Esquerda faz ao Governo não se confundem em nada com as estratégias mais ou menos oportunistas do Chega".
Por sua vez, o Iniciativa Liberal anunciou que se irá abster, reiterando que "há uma grande diferença entre a IL e o Chega, bem patente nesta moção de censura". Rodrigo Saraiva, líder parlamentar do IL referiu que esta "vai ser uma moção de censura inconsequente" e frisou: "É apenas mais um foguetório e uma corrida de 100 metros que o partido Chega nos tem habituado".
Do lado da IL está o PSD, que informou a sua abstenção através de uma nota de imprensa: "Informa-se que a bancada do PSD se irá abster na votação da moção de censura que será discutida esta quarta-feira".
Com o anúncio quer do PSD quer da IL de que optarão pela abstenção à moção, o Chega deverá ficar isolado no voto de censura ao Governo.
De salientar que o Chega identifica três situações que o executivo "se tem mostrado incapaz de resolver: caos na saúde; crise nos combustíveis; completa falta de articulação no seio do Governo e desautorização e fragilização extrema de alguns ministros", apontando ainda a situação em torno do novo aeroporto de Lisboa como "a gota de água".
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