Abortos. Penalização é "potencial retrocesso dos direitos das mulheres"
Líder do PAN reage a proposta que está a ser analisada pelo Executivo socialista.
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Política Aborto
A porta-voz do PAN comentou, esta terça-feira, a proposta que está a ser analisada pelo Ministério da Saúde para penalizar os médicos de família e equipas por interrupções voluntárias da gravidez (IVG) realizadas pelas utentes da sua lista, tal como noticiou hoje o jornal Público.
Inês de Sousa Real considerou que caso estes novos critérios de avaliação sejam aprovados pelo Governo trata-se de “um potencial retrocesso dos direitos das mulheres e do papel” das Unidades de Saúde Familiar (USF).
“Quantas vezes terá de ser repetido que o aborto por decisão da mulher não empurra as mulheres para a IVG, apenas permite que o façam em condições de saúde e dignidade?”, questionou a líder do PAN, numa publicação partilhada no Twitter, na qual partilhou uma notícia sobre a proposta feita pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e validada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Grupo de Apoio às Políticas de Saúde na área dos cuidados de saúde primários.
Quantas vezes terá de ser repetido que o aborto por decisão da mulher não empurra as mulheres para a IVG, apenas permite que o façam em condições de saúde e dignidade?
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) May 10, 2022
A confirmar-se, é um potencial retrocesso dos direitos das mulheres e do papel das USF.https://t.co/FkJi0gKlFd
“A confirmar-se, é um potencial retrocesso dos direitos das mulheres e do papel das USF”, acrescentou.
Recorde-se que em causa estão novos critérios de avaliação nas Unidades de Saúde Familiar modelo B. A proposta define que as avaliações dos médicos de família e restantes membros das equipas sejam feitas também em torno das IVG das utentes e da existência de doenças sexualmente transmissíveis nas mulheres (DST).
Segundo o Público, o Ministério da Saúde recebeu a proposta no ano passado e está a analisá-la.
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