Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Marques Mendes. "O PCP está a suicidar-se na praça pública"

Comentador teceu duras críticas às declarações de Jerónimo de Sousa.

Marques Mendes. "O PCP está a suicidar-se na praça pública"
Notícias ao Minuto

23:02 - 24/04/22 por Notícias ao Minuto

Política Marques Mendes

As críticas ao Partido Comunista Português amontoam-se na política portuguesa e, este domingo, foi a vez de Luís Marques Mendes considerar como incorreta a posição dos comunistas em distanciar-se do apoio à Ucrânia no contexto da invasão russa.

No seu habitual espaço de comentário de domingo na SIC, o comentador - e antigo líder do PSD - não poupou nas palavras, acusando o PCP de "a cada dia que passa, dar mais tiros no pé".

"Acho verdadeiramente que o PCP está a suicidar-se na praça pública, isto é suicídio político. O PCP faltou à cerimónia, mas ainda hoje vi Jerónimo de Sousa a usar a mesma linguagem do senhor Putin a dizer que não é uma invasão é uma 'operação militar'. Isto é exatamente o que diz, ipsis verbis, palavra por palavra, o senhor Putin", afirmou.

O conselheiro de Estado questionou ainda a moralidade política do PCP que, argumenta, está a cair perante as recentes tomadas de decisão do partido.

"O PCP está aqui a delapidar, a matar, o grande capital político que adquiriu há muitas dezenas de anos. A sua autoridade moral e política de ter combatido antes do 25 de Abril, pela liberdade e contra a ditadura. Pois bem, o PCP está a perder este capital político porque está a entrar em contradição. Está a pactuar com a ditadura do senhor Putin, e eu acho que mesmo muitos eleitores, autarcas e dirigentes do PCP não percebem esta contradição, este fanatismo ideológico do PCP, e mesmo esta insensibilidade", explicou Marques Mendes.

No sábado, depois do PCP ter boicotado o discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Assembleia da República - uma ação condenada até, indiretamente, por Marcelo Rebelo de Sousa -, Jerónimo de Sousa salientou a necessidade para o diálogo, mas voltou a classificar a invasão russa como uma "operação militar" (ainda que condenável).

Desde o início da invasão da Rússia a 24 de fevereiro, já morreram mais de 2.400 civis ucranianos na guerra, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a agência da ONU alerta que o número real de mortos deverá ser muito superior, tendo em conta o elevado número de civis mortos em cidades bombardeadas e sitiadas pelos russos, e as valas comuns que vão sendo encontradas em cidades após a retirada de tropas.

Leia Também: Jerónimo pede diálogo e diz que posição do PCP é "coerente e honrada"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório